Tema: Família Cristã: Igreja Doméstica na Amazônia.
Enfoque: Vª Conferência de Aparecida.
Destaque: Sacramento do Matrimônio.
Aos 24 dias do mês de agosto de 2007, no CENE – Centro Nova Evangelização sito à Rua Tereza Lobo, 399 – Cuiabá-MT, inciou-se a XXIª Assembléia com a recepção e acolhida dos participantes. Após o jantar, às 19h, houve a celebração da Santa Missa presidida por Dom Dimas Lara Barbosa, Secretário Geral da CNBB.
Às 20h15, D. Sebastião declarou Aberta a Assembléia. Pe. Jair Fante Fez a Acolhida de todos, explicando os eixos a serem trabalhados nesta Assembléia: Família Cristã e Vª Conferência de Aparecida. Coordenou a Apresentação das Dioceses e seus representantes. Presentes Dom Milton Santos, Arcebispo da Arquidiocese de Cuiabá e Administrador Apostólico da Diocese de Juína; Dom Leonardo da Diocese de São Félix do Araguaia; Dom Protógenes da Diocese de Barra do Garças; Dom José da Diocese de Cáceres; Dom Gentil da Diocese de Sinop; Dom Vital da Prelazia de Paranatinga; Dom Sebastião da Diocese de Guiratinga; Dom Joventino da Diocese de Rondonópolis, Dom Canízio da Diocese de Diamantino. Também presentes os representantes das várias pastorais, organismos e movimentos regionais, coordenadores diocesanos de pastorais bem como Seminaristas e representantes das casas religiosas do RO2. Pe. Jair Fante, Secretário Executivo do RO2, apresentou a pauta da Assembléia e a dinâmica dos trabalhos. Frei Faustino Paludo, que dirigiu a primeira parte desta Assembléia, expôs sobre a realidade da família no RO2. Apresentou uma síntese do trabalho preparatório da Assembléia. A primeira questão era sobre iniciativas/atividades desenvolvidas em torno do tema Família nas dioceses. Dentre tantas riquezas já em andamento, destacaram: manifestações em favor da vida como as marchas contra o aborto, com destaque às celebrações jubilares do Matrimônio e a semana da Família. Destaque também para o trabalho junto às escolas, realizado diretamente pelo Pe. Jair com formação para mais de dois mil professores sobre a relação família, juventude e educação. A segunda questão foi sobre os maiores desafios que a Família enfrenta nas Dioceses hoje. Destaque para a desestrutura familiar com a emergência dos novos modelos de família e a sociedade hedonista que propõe o ideal do prazer sexual e a desintegração familiar, o divórcio, a ausência dos pais, a crescente proliferação das drogas e da prostituição. Por fim, a terceira questão era sobre os resultados/conclusões já detectados em torno do tema. Retorno das famílias à Igreja; adesão das famílias às atividades; valorização do ser pessoa, da família; um despertar para os valores da Igreja; maior busca dos sacramentos; mudança dos relacionamentos familiar e interfamiliar. Assim concluímos o primeiro dia da assembléia.
No dia 25, após o despertar, oração matinal e café da manhã, iniciaram-se os trabalhos com o grupo de animação. Dom Bonifácio Piccinini, Arcebispo Emérito da Arquidiocese de Cuiabá, marcou presença nos animando à reflexão. Dom Dimas, Secretário Geral da CNBB, assumiu a assessoria sobre a Vª Conferencia de Aparecida. Iniciou esclarecendo sobre fatos que antecederam a Conferência e sua preparação, organização e a forma de representação de cada país na mesma. Dissertou sobre as influências presentes na conferência bem como da dinâmica adotada na sua realização contemplando todos os segmentos presentes. Tratou sobre alguns temas da Conferencia; a promoção da dignidade da pessoa no Eixo do Ver com o Título a “Vida de nossos povos” e as questões existenciais, onde o valor da vida vem sendo tratado como algo de menor importância no contexto sócio-econômico. Deu ênfase ao tema família, bem como a importância do Sacramento do matrimônio como um fator que dignifica a união familiar. Falou sobre o destino universal dos bens imprescindíveis ao ser humano, assim como dos demais bens disponíveis e necessários. Destacou os critérios da santidade, onde há muito mito a respeito. A santidade é o seguimento de Jesus e nossa semelhança com o mestre em nossas ações, destacou. Enalteceu a importância das Dioceses, Paróquias e especialmente das comunidades na comunhão da palavra e das ações da Igreja, especialmente em relação às CEB’s. Alertou também para outras possibilidades de Evangelização como os Círculos bíblicos os quais são segmentos dentro das próprias CEB’s, assim como os demais Movimentos e Pastorais. Dom Dimas levantou o questionamento sobre a integração entre as orientações nacionais, regionais, diocesanas e paroquiais. Foi destacado ainda as novas religiosidades que devem estar integradas na Igreja Local, assim como a Pastoral urbana. A mobilidade humana nos últimos tempos tem dificultado a perseverança do povo
Ainda na parte da manhã, Dom Dimas retomou o Eixo do Julgar inserindo o tema Renovar a Comunidade. O título trata sobre a vida de Jesus Cristo nos discípulos missionários, sendo que o encontro com Cristo deve ser o centro da formação dos discípulos missionários no processo de evangelização. Reiterou a importância dos santos trazidos para a realidade presente como referenciais para os povos. O anúncio querigmático do Evangelho deve ser motivacional para que os povos possam encontrar na Igreja o sentido da vida, respeitadas as diversidades culturais. O serviço da vida plena ocupou lugar de destaque na fala do assessor, com ênfase para o reino de Deus, Justiça social e a dignidade humana tal como a opção preferencial pelos pobres e excluídos. As práticas solidárias devem ser intrínsecas às ações cristãs. As políticas públicas devem ser tratadas com seriedade pelos católicos e a participação nos centros de decisão; deve haver continuidade do apoio da Igreja nesse ministério (ocupar cargos que tem poder de decisão social). Enalteceu as diversas ações desenvolvidas e contempladas no documento da Vª Conferencia de Aparecida.
O Capítulo Famílias, Pessoas mereceu referência por sua importância no contexto. Citou a diminuição do sacramento do Batismo como fator preocupante. Demonstrou a amplitude da Pastoral Familiar. O Planejamento Familiar também foi tratado pelo palestrante esclarecendo que a Igreja não é contrária, mas, defende o planejamento criterioso e mediante acompanhamento médico. Houve questionamentos sobre a legalização do aborto onde deve haver um trabalho contínuo pela preservação da vida, mas que a luta é difícil pelas forças contrárias. Tratou-se sobre a relação entre o feto e a mãe na definição da questão abortiva, onde alguns defendem o direito da mulher sobre seu corpo. O uso de anticoncepcionais de forma indiscriminada favorece os abortos ditos espontâneos. O uso da camisinha e a vasectomia também foram discutidos.
Na parte da tarde, os trabalhos foram retomados; Frei Faustino Paludo questionou as dificuldades encontradas para a edificação da família hoje. Foram colocados diversos motivos que desafiam nossas famílias, mas que não podemos apesar disso nos deixar vencer. Dom Dimas enalteceu a representatividade indígena na Conferência de Aparecida, onde as minorias também se acham presentes no documento. Especificou as implicâncias das atitudes que vem sendo tomadas pelo capital em detrimento das populações envolvidas. Sobre o Capitulo que trata da inculturação trouxe ao debate a necessidade das escola católica no dinamismo do ensinamento e da evangelização. A cultura deve ser entendida como a forma de expressão de cada povo ou mesmo de cada região e não a cultura erudita imposta como única que traduz o conhecimento. Tratou sobre as potencialidades dos meios de comunicação e principalmente da Internet na evangelização.
Os questionamentos dos participantes levaram a esclarecimentos de diversos pontos do documento. Demonstrou a visibilidade e a credibilidade das ações da Igreja em todos os segmentos da vida social e política de nosso país, assim como das demais denominações que tem a Igreja Católica como referencial. Demonstrando assim como são amplas as possibilidades de inserção das nossas ações transformadoras. O século XXI porta questões contundentes a serem revistas: questão da mulher na sociedade e na defesa da vida, a questão violência crescente em nossos dias, etc. Concluindo D. Dimas tratou das pastorais sociais e da participação de membros das nossas comunidades em conselhos paritários, contribuindo nas decisões coletivas. Sobre as atitudes e ações para este século não há receita pronta, mas a ação do Espírito Santo abrirá caminhos para uma nova evangelização através da santidade. A Pastoral Familiar bem como as demais ações missionárias devem ser dinâmicas e feitas de lideranças desprendidas para que a multiplicação ocorra. Dom Sebastião agradeceu a participação de Dom Dimas nesta Assembléia, enriquecendo-a e esclarecendo a todos.
Ainda na parte da tarde Frei Faustino Paludo apresentou Critérios para o sacramento do Matrimônio. Enfatizou as proposições pastorais sobre o matrimônio e a situação atual de sua celebração. Mostrou o levantamento realizado nas Paróquias do Regional sobre o Matrimônio, constatando-se alguns pontos importantes que definem a situação matrimonial
Além de ampliar e consolidar a experiência da dimensão social, a escola, através da convivência sadia, natural e espontânea entre as pessoas de sexos diferentes, pode contribuir e completar a educação para o amor, recebida na família (cf DPF 264). A comunidade eclesial é, para os jovens (a pastoral juvenil), espaço excepcional de uma progressiva experiência de integração humana, de participação ativa e de exercício de todas as vocações e serviços. Os grupos de jovens e de adolescentes podem contribuir para que seus membros adquiram uma formação integral que lhes proporcione uma visão crítica e, ao mesmo tempo autêntica da vida matrimonial e familiar (cf DPF 266). A educação para o verdadeiro sentido do matrimônio, é efetuada: pelos cônjuges e pais cristãos; pela catequese apropriada aos adolescentes, aos jovens e aos adultos (cf DPF 264 e 347); pelos próprios enamorados / noivos; pelos casais – Pastoral Familiar valorizando a família como Igreja Doméstica, o jeito fundamental de ser Igreja (cf CIC. Cân 1063). No desempenho dessa tarefa, a Pastoral Familiar continue insistindo sobre a atualização dos conteúdos e a metodologia, para que os noivos recebam ensinamentos vivos, inculturados e se tornem capazes de responder, eles próprios, aos seus questionamentos e problemas (cf DPF 268). Preparação Próxima: a preparação próxima dos noivos para o sacramento do matrimônio tem por finalidade: propiciar um aprofundamento na compreensão e vivência do amor, bem como de sua celebração sacramental; aprimorar a consciência sobre as responsabilidades próprias do matrimônio cristão; qualificar a opção adulta, consciente e livre do sacramento do matrimônio; apontar os meios que favorecem a vivência matrimonial conforme o ideal evangélico; preparar o casal para o tempo normal de adaptação e para as mudanças que haverão de acontecer. A preparação próxima ao matrimônio deve caracterizar-se por “uma formação integral da vida cristã” nas suas diversas dimensões da conversão, de prática das virtudes, de compromisso sócio político, de vida comunitária, de participação litúrgica, etc. O ideal é que essa preparação próxima ao casamento se estenda por um tempo razoável (4, 5 ou 6 encontros), em vista de uma autêntica experiência de vida de fé, iluminada pela Palavra de Deus e acompanhada por um esforço de vida cristã mais profunda, alimentada pelos sacramentos da penitência e da eucaristia. (As Dioceses do Regional do Mato Grosso deveriam unificar o tempo de preparação) Os “cursos de noivos”, reuniões ou “encontro de noivos” constituem-se numa ocasião privilegiada de catequese pré-matrimonial (cf DPF 268). Sobretudo quando abarcam o conjunto da vida cristã dentro das condições da vida familiar, bem como a preparação mais explícita para a celebração do sacramento e a abertura da família para a sociedade. (Nos Cursos ou Encontros conceda-se particular destaque à teologia do Sacramento, à espiritualidade matrimonial e à explanação do Ritual do Matrimônio). A preparação e a celebração do sacramento do matrimônio sejam sempre ocasiões que favoreçam a vivência cristã na família e o compromisso efetivo dos noivos com a comunidade eclesial. A comunidade eclesial deverá ocupar-se da preparação dos noivos e da própria celebração do sacramento do matrimônio. Em vista disso, é recomendável que se constituam equipes (a nível paroquial) responsáveis pela preparação e celebração do matrimônio. Compete ao pároco, sempre que possível, ou a outra pessoa devidamente preparada, a instauração do processo matrimonial. Após o diálogo pastoral com os noivos, na dimensão da fé, dará entrada formal do processo (cf RM 17 e 29). O encontro com o pároco ou outro padre ou diácono, será uma excelente ocasião de um encontro pessoal, de grande valor pastoral, onde os noivos podem ser orientados para a preparação espiritual e a celebração sacramental, lembrando-os dos sacramentos da Penitência e da Eucaristia Cf RM 18; Cf DPF 270-(272). Seja oferecida uma acolhida fraterna e evangélica aos noivos que procuram a secretaria paroquial solicitando o casamento, mais do que uma relação meramente burocrática. O processo matrimonial deverá ser instaurado na paróquia de domicílio do noivo (ou da noiva) meses antes, a fim de que haja tempo hábil para a devida preparação e andamento dos documentos (os proclamas matrimoniais) (cf CIC. cân 1115). Os proclamas serão anunciados ou afixados em local público no período estabelecido e ocorrerão na paróquia de domicílio dos noivos. Quanto à Celebração Sacramental: A Celebração do sacramento do matrimônio seja tratada como verdadeira ação litúrgica, portanto dignamente realizada. Primando pelo ambiente de fé, simplicidade, beleza, alegria e
Quem preside a assembléia litúrgica empenhará seu serviço e competência em vista da participação ativa e frutuosa de todos os presentes. A celebração deverá ser preparada pelo ministro (bispo, presbítero, diácono ou assistentes (cf CIC. Cân. 1112, 1114), em conjunto com os noivos. Juntos escolhem a celebração na Missa ou não, as leituras bíblicas, a fórmula para a bênção das alianças e para a bênção nupcial, as preces dos fiéis, os gestos, os cantos e as músicas (cf RM 20 e 29); Aos noivos (e famílias) notadamente engajados na comunidade eclesial, dê-se preferência à realização do Sacramento do Matrimônio dentro da Missa (cf RM 33 e 34), lugar próprio para celebrar a plenitude da aliança de Deus conosco e a memória da morte e da ressurreição de Cristo, expressão máxima do amor do Esposo à esposa, a Igreja. A ação litúrgica eclesial e participativa do Sacramento do matrimônio pressupõe a presença e atuação de uma equipe que se encarregará da acolhida dos noivos, de seus familiares, dos assistentes e prestará as devidas orientações na realização na celebração sacramental. Se oportuno a equipe poderá efetuar algum ensaio de canto, estará atenta ao ambiente e auxiliará o ministro na presidência da celebração. Os noivos celebram a aliança entre si e com Deus, em comunhão com a Igreja reunida
Em vista disto, cada Diocese ou paróquia deve definir claramente os horários disponíveis para a celebração sacramental do casamento. O Ritual do Matrimônio prescreve que a celebração seja tranqüila, em clima de oração e com o devido tempo para o desenvolvimento harmonioso das partes da celebração. Por isso se exige dos noivos o respeito aos horários previamente determinados (pontualidade), a fim de que se evite o nervosismo, atropelos e abreviações nos ritos, como também para não atrapalhar outras atividades religiosas da comunidade e de seus responsáveis. Em caso de atraso dos noivos, no horário previsto para a celebração (20 minutos) o Assistente fica livre para cumprir outros compromissos pastorais. O canto e a música são elementos indispensáveis em toda a celebração litúrgica (cf RM n. 30). No Matrimônio, os cantos sejam escolhidos de acordo com a natureza do rito e expressem o mistério celebrado. O que se diz dos cantos, vale também para a escolha das músicas. Sejam evitadas e melodias, trilhas sonoras de filmes ou de novelas. Os noivos, instrumentistas e sonoplastas sejam orientados quanto ao tipo de música condizente com a celebração sacramental. Cantos e músicas alheias ao espírito litúrgico não devem ser permitidas. O Concilio Vaticano II determinou que, na celebração litúrgica se evite discriminação de pessoas e toda a pompa que seja sinal de vaidade, luxo e ostentação social (SC 34). Busque-se, na simplicidade, a dimensão religiosa da celebração do Sacramento do Matrimônio. A ornamentação da igreja é uma expressão da alegria da festa que se celebra. Recomenda-se que haja nobreza, bom gosto, simplicidade e sobriedade. Evite-se tudo o que impeça a livre circulação ou passagem dos fiéis nos bancos. Os arranjos não dificultem a visão do altar, da mesa da Palavra e a movimentação dos ministros. É muito triste que um casal valorize o matrimônio principalmente pela pompa com que se celebra, pela ornamentação do templo, pelas músicas interpretadas, pela beleza do vestido da noiva, pelo brilhantismo da homilia, pela elegância dos convidados, enfim, pelo esplendor da cerimônia” (CPF 256). Procurem os noivos (e aos seus familiares e amigos) não se deixar envolver pelas propostas caras e pretensiosas das floriculturas e das “agências de cerimonial religioso”, imbuídas de espírito comercial. Os profissionais ou animadores, da área de fotografia e filmagem, sejam orientados do sentido da celebração. Em todos os momentos, haja a devida discrição e respeito que preserve o clima de celebração e de oração, evitando todo e qualquer movimento que leve a dispersão. O casamento, de preferência, deve ser realizado na comunidade dos noivos (cf RM.27) Não só na matriz, mas também nas respectivas comunidades eclesiais. Não corresponde ao espírito comunitário e litúrgico a celebração do Sacramento do matrimônio em lugares tais como: buffets, clubes, salões, chácaras, sítios, fazendas ou outros lugares não destinados ao culto, pois não condiz com a dignidade da ação litúrgica, após a celebração, os noivos e
No sábado à noite, aconteceu a Mesa Redonda sobre a família, com convidados da assembléia para participar da mesa dos debates. O Presidente do RO2 D. Sebastião bem como Dom Leonardo Stein da Prelazia de São Félix, Irmã Bernadete, Frei Faustino, o casal da Pastoral Familiar Milton e Conceição. Dom Leonardo como Moderador abriu o debate dizendo que a mesa redonda é um espaço de reunião e diálogo, onde expressamos nossa opinião e ouvimos a opinião dos demais. Qual a atitude para trazer de volta as pessoas de segunda união foi a questão inicial. Através da Pastoral Familiar que é uma pastoral orgânica que trabalha a pessoa e nesse caso especial é feito um planejamento do encontro com pessoas preparadas para esta missão. O estudo do material sobre o assunto é de grande importância para esta Pastoral que trata de uma realidade da Igreja. A participação da comunhão é o fundamento do ensinamento e preparação desses casais. Frei Faustino enalteceu a necessidade de encarar a realidade caso a caso com olhar de misericórdia. Deve haver um olhar pastoral sobre o assunto, com cuidado na orientação desses casais. O que importa é percebermos que a humildade e a fé igualmente conduzem à salvação.
A Graça supõe a natureza, o valor da pessoa humana seus defeitos e limitações. Na perspectiva da Eucaristia deve haver a transcendência do momento da comunhão, a vivência da fé na família e no dia-a-dia do casal. O sofrimento das pessoas que se acham em falta com os sacramentos e reflete na sua necessidade em celebrar a Eucaristia, sendo um assunto complexo. Esta é uma questão Pastoral que caminha para uma solução possível, ocorrendo uma evolução neste campo. Dom Milton disse que na celebração comungamos duas vezes, sendo a primeira no ato penitencial e na palavra e a outra na Eucaristia propriamente dita. Há a Comunhão da Palavra e a Comunhão eucarística. Jesus falou da Comunhão da acolhida do Irmão e a partilha entre estes, a Caridade. Sobre dar continuidade o trabalho da Pastoral Familiar e dos subsídios de estudo produzidos pelo RO2, Pe. Jair falou do projeto do Regional está servido de mosaico para outras realidades no Brasil. Cada Diocese deverá traçar seus planos pastorais com base nas diretrizes definidas a nível nacional. D. Juventino sugeriu a elaboração de material próprio de nossa realidade com a constituição de grupos de trabalho. Deve haver um novo começo a partir da Conferência de Aparecida, onde devemos refletir mais a caminhada à luz da cultura e da fé.
A Pastoral Familiar deve trabalhar o sentido da acolhida das famílias dentro da realidade social. Não podemos confundir os movimentos com a Pastoral, pois os movimentos cuidam do casal e a Pastoral cuida da família como um todo. Questionou-se ainda sobre a evasão dos jovens da igreja após “cumprirem” a etapa do Crisma. São as fases passageiras, mas se tiveram boa formação, sempre voltam; precisamos de paciência com eles para que voltem a atuar nas comunidades. Foi feita a projeção de material áudio-visual e em seguida feita uma apresentação de peça teatral da realidade familiar por grupo de casais. As 21h aconteceu um momento de confraternização entre os participantes da Assembléia. Finalizando assim os trabalhos deste dia. Todo o trabalho do dia foi coordenado pelo Pe. Evandro, da Dioceses de Cáceres.
No dia 26, seguindo-se o despertar, a oração matinal e o café reiniciaram-se os trabalhos. O Pe. Jair introduziu as apresentações deste dia. Pe. Giovani, da Diocese de Rondonópolis coordenou este último dia ad Assembléia. Foi realizado sorteio de brindes doados pela Paulinas entre os participantes. Após alguns comunicados, passou-se às apresentações desta manhã. A Coordenadora das CEBs tratou sobre o 11o. Encontro Regional das CEBs, cujo tema foi a Ecologia e a Missão, realizado no mês de julho p.p.