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Vigília da JMJ, na praia de Copacabana

Na fria noite deste sábado, 27 de julho, diante dos mais de 3 milhões de peregrinos que participam da Vigília da JMJ, na praia de Copacabana, o Papa Francisco recordou a história de São Francisco de Assis, chamado por Deus para reconstruir a sua Igreja. “Chamado a colocar-se a serviço da Igreja, para que transparecesse nela a face de Cristo. Queridos jovens: o senhor precisa de nós! Também chama a cada um de nós a segui-lo em sua Igreja e a ser missionários. O Senhor, hoje, os chama. Chama a cada um de vocês, individualmente”.
O Santo Padre fez também uma leitura espiritual da mudança do local da realização da Vigília. “O verdadeiro campo da fé somos todos nós: somos eu e você! Quando aceitamos a Palavra do Senhor nos tornamos o verdadeiro Campus Fidei”.
Ao perguntar que tipo de terreno ‘somos ou queremos ser’, o Papa cita as diferentes situações na vida onde caem as sementes e não dão fruto, mas acrescenta: “Mas, hoje, tenho a certeza que a semente está caindo numa terra boa, sei que vocês querem ser um terreno bom, não querem ser cristãos pela metade, nem ‘engomadinhos’, nem cristãos de fachada, mas sim autênticos. Tenho a certeza que vocês não querem viver na ilusão de uma liberdade que se deixe arrastar pelas modas e as conveniências do momento. Sei que vocês apostam em algo grande, em escolhas definitivas que deem pleno sentido para a vida. Jesus é capaz de oferecer-lhes isto. Ele é o «caminho, a verdade e a vida» (Jo 14,6)! Confiemos n’Ele. Deixemo-nos guiar por Ele!”
Após, ao meditar sobre ‘o campo como lugar de treinamento’, diz que Jesus oferece algo muito superior que a Copa do Mundo: “Oferece-nos a possibilidade de uma vida fecunda e feliz e nos oferece também um futuro com Ele que não terá fim: a vida eterna. Jesus, porém, nos pede que treinemos para estar “em forma”, para enfrentar, sem medo, todas as situações da vida, testemunhando a nossa fé. Como? Através do diálogo com Ele: a oração, que é diálogo diário com Deus que sempre nos escuta. através dos sacramentos, que fazem crescer em nós a sua presença e nos conformam com Cristo; através do amor fraterno, do saber escutar, do compreender, do perdoar, do acolher, do ajudar os demais, qualquer pessoa sem excluir nem marginalizar ninguém. Queridos jovens, que vocês sejam verdadeiros “atletas de Cristo’”
O Papa prosseguiu então, meditando sobre ‘o campo como canteiro de obras’, dizendo que “quando o nosso coração é uma terra boa que acolhe a Palavra de Deus, quando se “sua a camisa” procurando viver como cristãos, nós experimentamos algo maravilhoso: nunca estamos sozinhos, fazemos parte de uma família de irmãos que percorrem o mesmo caminho; somos parte da Igreja, mais ainda, tornamo-nos construtores da Igreja e protagonistas da história” e acrescenta:
“Na Igreja de Jesus, nós somos as pedras vivas, e Jesus nos pede que construamos a sua Igreja; e não como uma capelinha, onde cabe somente um grupinho de pessoas. Jesus nos pede que a sua Igreja viva seja tão grande que possa acolher toda a humanidade, que seja casa para todos! Ele diz a mim, a você, a cada um: «Ide e fazei discípulos entre todas as nações»! Nesta noite, respondamos-lhe: Sim, também eu quero ser uma pedra viva; juntos queremos edificar a Igreja de Jesus! Digamos juntos: Eu quero ir e ser construtor da Igreja de Cristo!”.
Neste ponto, o Para refere-se às manifestações de jovens que ocorrem em diversas partes do mundo, dizendo:
“No coração jovem de vocês, existe o desejo de construir um mundo melhor. Acompanhei atentamente as notícias a respeito de muitos jovens que, em tantas partes do mundo, saíram pelas ruas para expressar o desejo de uma civilização mais justa e fraterna. Mas, fica a pergunta: Por onde começar? Quais são os critérios para a construção de uma sociedade mais justa? Quando perguntaram a Madre Teresa de Calcutá o que devia mudar na Igreja, ela respondeu: você e eu!”.
Queridos amigos, não se esqueçam: Vocês são o campo da fé! Vocês são os atletas de Cristo! Vocês são os construtores de uma Igreja mais bela e de um mundo melhor. Elevemos o olhar para Nossa Senhora. Ela nos ajuda a seguir Jesus, nos dá o exemplo com o seu “sim” a Deus: «Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua Palavra» (Lc 1,38). Também nós o dizemos a Deus, juntos com Maria: faça-se em mim segundo a Tua palavra. Assim seja!".
Em seguida, Francisco orientou a adoração e a benção do Santíssimo Sacramento, e se retirou. A vigília continua com shows musicais.

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