«Ainda sendo uma minoria perseguida, os cristãos do Oriente Médio têm a missão de ser a luz de Cristo, tanto para os judeus de Israel como para o vasto mundo muçulmano, multiétnico e multiconfessional que os cerca», explica o sacerdote.
«Sem os cristãos, Cristo não estaria presente no Oriente Médio. E sem Cristo, Príncipe da Paz, a terra de nosso Redentor e da Virgem Maria nunca encontrará a paz», acrescenta.
O Pe. Nassif recorda que «os libaneses suportaram 22 anos de ocupação israelense e 30 anos de ocupação síria, e ambas foram a causa de uma destruição incomensurável, humana e materialmente».
«Quando o exército sírio abandonou o Líbano em abril de 2005, fê-lo sem o menor desejo de desarmar o Hizbollah, sabendo que sempre poderia utilizá-lo para desestabilizar o país.»
Neste contexto, considera, aconteceu a guerra do mês de agosto. «O resultado foram 33 dias de guerra e horror saldados com 8 milhões de metros cúbicos de concreto destruídos no Líbano, inclusive 79 pontes e outras infraestruturas vitais; 1.200 mortos, 4.000 feridos e uma maré negra provocada por toneladas de óleo vertidas no Mediterrâneo».
«O sul do Líbano, a terra visitada por nosso Senhor Jesus Cristo, está agora semeada de 120.000 minas antipessoas sem detonar — denuncia. Após reconstruir o país com enorme esforço e sacrifício, voltamos ao ponto de partida; mais uma vez, temos de começar do zero com a reconstrução do Líbano.»
Segundo informa o sacerdote, «o Líbano tem cerca de 4 milhões de habitantes, e a metade é cristã; no entanto, a diáspora libanesa (os libaneses que vivem no estrangeiro) conta com entre 14 e 16 milhões de almas, das quais 80% é composto por cristãos».
«No Líbano estão presentes 12 comunidades cristãs, seis delas católicas e quatro ortodoxas; mais duas comunidades muçulmanas e um número importante de kurdos, drusos, alauitas e judeus. O país conta com 2.000 sacerdotes, 3.000 freis e 10.000 religiosas.»