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Missa em Latim

Bento XVI apresentou a um grupo de cardeais e bispos de todo o mundo o Motu proprio que permitirá a celebração da missa em latim, documento que será publicado nos próximos dias.

A apresentação _ segundo precisa uma nota da Sala de Imprensa da Santa Sé _ aconteceu no dia 27 de junho, no Palácio Apostólico do Vaticano, na presença do cardeal secretário de Estado, Tarcisio Bertone, e cerca de 15 eclesiásticos, entre cardeais, bispos e arcebispos. Entre eles, o cardeal-arcebispo de Lyon, França, Philippe Barbarín, o presidente da Conferência Episcopal Alemã, cardeal Karl Lehmann, arcebispo de Mainz, e o cardeal-arcebispo de Westminster, Cormac Murphy-O’Connor.

O cardeal Bertone foi encarregado de ilustrar o Motu proprio (documento que o pontífice escreve por sua própria iniciativa e não em resposta a uma solicitação) e, a seguir, o papa conversou por cerca de uma hora, com os presentes.

O Motu proprio intitulado "Sobre o uso do Missal Promulgado por João XXIII, em 1962" será publicado nos próximos dias, acompanhado de uma carta do papa a todos os bispos, segundo anuncia o comunicado da Sala de Imprensa da Santa Sé.

Este documento pontifício era esperado há tempos. Ele permitirá a livre celebração da chamada "missa tridentina", também conhecida como "de São Pio V", que remonta ao século XVI e era celebrada antes das mudanças litúrgicas introduzidas pelo Concílio Vaticano II (1963-1965).

O Concílio Vaticano II introduziu o Novus ordo missae, ou seja, a nova forma de celebrar a missa, que substituiu a missa oficiada em latim, celebrada até 1969. O Novus ordo missae introduziu a possibilidade de oficiar a Eucaristia nos diferentes idiomas. Dispôs também que o celebrante oficiasse a missa de frente para os fiéis. Até então, o sacerdote ficava de costas para a assembléia.

Na verdade, a missa em latim nunca foi oficialmente suspensa, mas foi caindo em desuso, até que, em 1982, João Paulo II decretou que, para oficiar a missa tridentina, era necessário recolher assinaturas e pedir a permissão do bispo da diocese onde se queria oficiar a missa segundo o rito tridentino. O bispo podia aceitar ou rejeitar o pedido.

O Motu Proprio de Bento XVI pode significar o retorno ao seio da Igreja Católica, dos seguidores do bispo francês cismático, Dom Marcel Lefèbvre, fundador, em 1968, da Fraternidade São Pio X, ferrenha defensora da tradição e da liturgia tridentinas. Dom Marcel Lefèbvre _ falecido em 1991 _ foi excomungado pela Igreja, em 30 de junho de 1988, depois de ter consagrado quatro bispos, sem a permissão de Roma.

Fonte: Rádio Vaticano 

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