No próximo domingo, milhares de pessoas vão às ruas convocadas pelo Grito dos Excluídos
“O Grito deste ano quer questionar o modelo econômico que privilegia os grandes negócios em detrimento do pequeno e médio empreendimento e das iniciativas comunitárias”, explica o secretário nacional do Grito, Ari Alberti. Segundo Alberti, o Grito questiona também as ações “que não colocam o ser humano em primeiro lugar e destroem a biodiversidade”. Além disso, será um protesto contra as “políticas compensatórias que substituem a implantação de políticas sociais públicas”.
O presidente da Comissão Episcopal para a Justiça, a Caridade e a Paz da CNBB, dom Pedro Luiz Stringhini, em carta data de junho, manifestou o apoio ao Grito, que surgiu como fruto da Campanha da Fraternidade da CNBB, em 1995. “O compromisso com esta causa [defendida pelo Grito] nos compromete no esforço de superação da exclusão
Em sua 14ª edição, o Grito deste ano repercute a Campanha da Fraternidade-2008 ao adotar o tema “Vida em primeiro lugar, com direitos e participação popular”. “O Grito dos Excluídos protesta veementemente contra as chacinas e a limpeza urbana, contra a repressão policial e a falta de liberdade para os moradores de rua nas grandes cidades”, lembra o secretário.
Coletiva
A coordenação do Grito dos Excluídos realizará, nesta quinta-feira, 4, uma entrevista coletiva com o presidente da Comissão Episcopal para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz da CNBB, dom Pedro Luiz Stringhini; com o coordenador do MST, João Pedro Stedile, e com outros representes de movimentos sociais, como o Movimento Pelos Direitos da População em Situação de Rua de São Paulo, a 11.ª Romaria a Pé, a 21.ª Romaria dos Trabalhadores.
A coletiva será amanhã, às 15h, na sede do Regional Sul 1 da CNBB, fica na rua Sebastião Soares de Farias, 57, 5º andar, Bela Vista, São Paulo. Contatos com a Secretaria do Grito dos Excluídos pelo tel.: (11) 2272-0627 ou pelo correio eletrônico gritonacional@ig.com.br.