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Liturgia 3º Domingo de Advento – 11.12.2016

“Alegrai-vos porque o Senhor está perto!”
1.Acolhida.
Onde está Deus presente, lá está presente a alegria! Nosso Deus é o Deus da alegria, pois faz acontecer a alegria da Salvação, especialmente, para os pobres que o mundo exclui até do banquete da vida material!

Aos exilados, a promessa do retorno à própria pátria, aos empobrecidos de bens materiais, a certeza da Salvação eterna! Esta esperança não é alienação marxista, é promessa de Deus que realiza o destino do Deus da alegria. Ele leva os pobres para a Casa do Pai, restaura neles a imagem e semelhança divina! “Seremos como Ele, brilhantes e cheios de luz divina!” (Cl 3).

O universo material, que habitamos, deve ser transformado, sim, mas todo aquele que aceita mudar a própria cabeça (converter-se), será como Deus que o criou, como Jesus que o redimiu! Não teremos um céu materialista que os poderosos pretendem comprar com dinheiro mal adquirido, mas um céu espiritual adquirido pelo Sangue precioso de Jesus!

2.Palavra de Deus.
Is 35,1-6.10 – O profeta Isaias descreve a alegria do retorno de Israel para a própria pátria. É o Profeta da alegria, mas as antigas propriedades do povo que retorna, não foram devolvidas. Mas, eles virão a Sião (céu) contando louvores.

Tg 5,7-10 – Tiago fala do retorno de Jesus ressuscitado; Ele virá para fazer justiça em favor dos pobres que permaneceram fiéis à esperança, imitando os profetas antigos.

Mt 11,2-11 – O comportamento de Jesus deixou dúvidas até no coração de João Batista: Ele, também, esperava um Messias vingador dos pobres! Mas Jesus veio manso, humilde e compassivo com o sofrimento dos pobres. E afirmou, categoricamente, felizes aqueles que não se escandalizam de meu proceder, mas procuram discernir, descobrir identificadores do verdadeiro Messias!

3.Reflexão.
A Palavra de Deus sempre exige reflexão e discernimento. Jesus não vem confirmar nossas esperanças materialistas, mas para revelar o seu Projeto de Salvação! Reflexão e discernimento! Qual seria mesmo a esperança a ser vivida no Advento? Qual é mesmo a libertação prometida por Jesus e já anunciada pelos profetas? Embora Jesus tenha multiplicado o pão, curado os enfermos, consolado os aflitos… Os bens materiais não fazem parte do céu prometido aos pobres! Ele sempre apontou para uma vida diferente, superior, semelhante à vida do próprio Deus: “Seremos semelhantes a Ele e o veremos como Ele é. Quem espera n’Ele desse modo, purifica-se como Ele é puro!” (1Jo 3,2-3).

Jesus fala do céu e da vida eterna, mas cuida das dores e enfermidades do povo explorado, indicando o caminho a ser seguido por seus discípulos. Ele se compadece com o sofrimento dos pobres e empobrecidos, cura-os de suas enfermidades, mas recorda-lhes a necessidade da conversão e do perdão dos pecados. Jesus não veio apenas trazendo a “louvação e a celebração litúrgica” para o mundo, mas veio trabalhar e dar a própria vida para a salvação material e espiritual do ser humano. Ele procurou libertar o ser humano de tudo o que diminui e destrói a vida humana.

Se o próprio João Batista, o profeta precursor de Jesus, precisou ser esclarecido em suas idéias e práticas, quanto mais nós – pobres e ignorantes pecadores – precisamos refletir e discernir ao longo do caminho qual é mesmo a vontade do Messias. Não podemos escandalizar-nos com sua prática, pois, Ele é o verdadeiro Caminho, a verdadeira Verdade e a verdadeira Vida! Advento, portanto, é Tempo de oração, de reflexão e discernimento. Não podemos escandalizar-nos de Jesus e muito menos andar por caminhos errados.

Frei Carlos Zagonel
Fonte:http://www.paroquiansacoxipo.com.br/conteudo.php?sid=44&cid=4231

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