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Liturgia – 17º Domingo Comum 28.07.2019

QUANTOS JUSTOS EXISTEM EM NOSSAS CIDADES?
1.ACOLHIDA
A celebração da Eucaristia, além do Mistério, é uma bela forma de oração. É a oração da Igreja, garantida pela experiência e vivência milenar. Deixar-se conduzir pelas normas litúrgicas é sinal de sabedoria. A Liturgia é (também) um modo de rezar, mas, sobretudo, é um caminho seguro que conduz a Deus. Diria – é a oração do céu, de jesus e de seus santos! Portanto, todo celebrante – sacerdote ordenado ou Ministro extraordinário – não pode inventar fórmulas próprias de oração, por mais “ungido” o celebrante! Rezemos na igreja, com a Igreja e como a Igreja, e assim, nossa oração será eficaz.
Abraão suplicou em favor de Sodoma e Gomorra. Suplicou insistentemente até chatear! E Deus se deixou influenciar pela súplica de Abraão, dispondo-se a perdoar desde que houvesse apenas 10 justos na cidade. Mas nem isso existia! E não havia justos naquelas cidades!
Em nossas cidades, haveria, ao menos, 10 justos, em cada uma delas? E em nossa vida pessoal haveria, ao menos 10 boas obras capazes de impedir a ira de Deus? A oração feita com fé pode, ainda, salvar o nosso mundo pecador! Imitemos o Patriarca Abraão e rezemos com fé e ousadia e, quem sabe, consigamos impedir o pior para todos nós. Os pecados já encheram a medida de Deus misericordioso! Peçamos pela salvação da Igreja e pela salvação de cada um de nós!

2.Palavra de Deus
Gn 18,20-32 – O Patriarca Abraão intercede pelas cidades pecadoras, mas a maldade superou sua compaixão e elas foram destruídas! Rezar sempre é bom e, de alguma maneira, sempre é eficaz.

Cl 2,12-14 – Nós fomos salvos pela ação de Jesus Cristo. Mortos no Batismo e ressuscitados pelo poder do Espírito Santo. Jesus Cristo morreu por causa de nossos pecados e nos concedeu nova vida divina! Agora somos filhos adotivos de nosso Pai celestial.

Lc 11,1-13 – A prática de oração de Jesus despertou no coração de seus discípulos o desejo de rezar. Ao catequista, ao ministro e ao sacerdote… não é suficiente mandar rezar. É necessário ensinar pelo exemplo! Nosso exemplo de oração desperta no povo a vontade de rezar. Tenhamos certeza disso! Diz o provérbio: “O testemunho convence, mas o exemplo arrasta!”.

3.Reflexão
A oração é a respiração da alma; com certeza, há muita gente morta porque não “respira mais!” Contudo, muitos de nós sabemos rezar e falar com Deus. Aprendemos no Catecismo que rezar é falar com Deus. Mas não é bem isso, rezar não é tanto falar com Deus. Não precisa falar com Deus, Ele sabe tudo o que precisamos! Rezar é mais escutar a Deus! Deus conhece nossas necessidades, mas desconhecemos o que Ele quer de nós, pois, não o escutamos, estamos sempre fora de casa! Rezar é ter o próprio olhar voltado para as mãos do Senhor e descobrir os sinais de suas mãos (Sl 123).
Jesus ensinou o “Pai Nosso” (Abbá – Pai querida) aos pobres e famintos da Galileia! Devemos pedir, primeiro, a glória de Deus; depois o pão necessário de cada dia e, por fim, o perdão de nossos pecados. Normalmente, nós pedimos coisas (saúde, sucesso, triunfo em nossos projetos…). Jesus indica-nos, primeiro o Pai e seu Reino e, depois, o pão e o perdão de nossos pecados. E acrescenta: “Será que algum de vós, que é pai, se o filho pedir um peixe, lhe dará uma cobra? Ora, vós que sois maus sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais o vosso Pai celestial dará o Espírito Santo aos que o pedirem!” (Lc 11,13).
Certo dia, disse-me uma piedosa senhora, enferma e prejudicada pela Governo, disse-me: “Frei, eu não peço mais nada para Deus! Respondi-lhe: Por que, você brigou com Deus? Respondeu-me: De forma alguma! Ele sabe tudo o que eu preciso… Eu, apenas, adoro, louvo e agradeço!” Eu, velho sacerdote, fiquei vivamente impressionado! Rezar não é tanto pedir. Rezar é mais escutar, adorar e louvar! Madre Teresa de Calcutá ficava longo tempo em silêncio, olhando para o sacrário, aguardando a fala do Senhor! Algumas vezes, saia em silêncio, pois, o Senhor não lhe havia falado!
Não vamos encher a paciência de Deus com longas orações! Com devoções estranhas (Mil Ave Maria)! Permaneça em silêncio diante dEle! Escute e aguarde sua Palavra e a comunicação de seu projeto! Por fim, tenho a certeza que não preciso importunar a Deus e nem “tirá-lo da cama”! Ele vai me dar o pão necessário em abundância!
Frei Carlos Zagonel

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