Viagem de Francisco à Terra Santa

Especialistas avaliam possíveis impactos da viagem de Francisco à Terra Santa Em memória aos 50 anos da viagem pioneira feita por Paulo VI à Terra Santa, em 1964, Papa Francisco visitará a Jordânia, Israel e territórios palestinos entre os dias 24 e 26 de maio. Será a quarta peregrinação de um Papa, durante a era moderna, à região marcada por conflitos entre israelenses e palestinos. A pedido do portal A12, dois especialistas avaliaram os possíveis impactos gerados por esta viagem: Monsenhor Michel Bittar, pároco da Paróquia Pessoal Nossa Senhora do Líbano para os Católicos de Rito Maronita, em Belo Horizonte (MG), e o decano do Centro de Teologia e Ciências Humanas da PUC Rio, teólogo Paulo Fernando Carneiro de Andrade. Para o Monsenhor Bittar, este é um momento especialmente complicado na Terra Santa devido ao conflito na Síria e incertezas no Egito: “A população está cansada da violência e quer a paz, mas a situação política tem dificultado o entendimento. O Papa Francisco possui grande autoridade moral e condições de se aproximar de todas as partes envolvidas”.

Especialistas avaliam possíveis impactos da viagem de Francisco à Terra Santa Em memória aos 50 anos da viagem pioneira feita por Paulo VI à Terra Santa, em 1964, Papa Francisco visitará a Jordânia, Israel e territórios palestinos entre os dias 24 e 26 de maio. Será a quarta peregrinação de um Papa, durante a era moderna, à região marcada por conflitos entre israelenses e palestinos. A pedido do portal A12, dois especialistas avaliaram os possíveis impactos gerados por esta viagem: Monsenhor Michel Bittar, pároco da Paróquia Pessoal Nossa Senhora do Líbano para os Católicos de Rito Maronita, em Belo Horizonte (MG), e o decano do Centro de Teologia e Ciências Humanas da PUC Rio, teólogo Paulo Fernando Carneiro de Andrade. Para o Monsenhor Bittar, este é um momento especialmente complicado na Terra Santa devido ao conflito na Síria e incertezas no Egito: “A população está cansada da violência e quer a paz, mas a situação política tem dificultado o entendimento. O Papa Francisco possui grande autoridade moral e condições de se aproximar de todas as partes envolvidas”. O teólogo Paulo Andrade lembra que o diálogo inter-religioso já era característica de Francisco, enquanto Cardeal, “e após sua eleição, houve aprofundamento do diálogo com a comunidade judaica de Roma. Além disso, realizou uma vigília de oração pela paz na Síria no ano passado. Papa Francisco sempre condenou o antissemitismo e tem insistido na construção da paz e auxílio aos necessitados, o que incluiu todos aqueles que sofrem”. João Paulo II esteve na Terra Santa em 2000 e Bento XVI, em 2009. Após sua eleição, em março de 2013, Papa Francisco foi convidado pessoalmente pelo presidente israelense, Shimon Peres, e também pelo presidente palestino, Mahmud Abbas. “Todos os Papas que visitaram a região fizeram apelos pela paz e o Santo Padre Francisco, certamente, irá reforçar as mensagens anteriores. Porém, cada momento é singular. O Papa é diferente e as circunstâncias também são outras. O Papa Francisco, com sua simplicidade, carisma e ternura pode tocar os corações”, disse o Monsenhor. Durante o anúncio da viagem, feito em 5 de janeiro, o Pontífice afirmou que realizará um encontro ecumênico com todos os representantes das Igrejas cristãs de Jerusalém e com o Patriarca Bartolomeu de Constantinopla. Monsenhor Bittar explica que “a celebração ecumênica é uma demonstração do Papa Francisco de respeito aos povos e às religiões”. Os dois especialistas acreditam que o Santo Padre possa influenciar a dissolução dos conflitos entre palestinos e Israelenses em um futuro próximo. “Os resultados nunca são imediatos, mas a ideia de retomar o sentido original da visita de Paulo XVI gera um forte sinal de esperança”, avalia Paulo Andrade. “Para Deus, nada é impossível. O povo vive este momento incerto, este desespero, mas deve confiar em Deus e em dias melhores. Grandes percursos são feitos passo a passo.”, concluiu o Monsenhor Bittar. Por Portal A12