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Congresso sobre Imprensa(Vaticano)

Como a Igreja deveria assumir os temas controvertidos? Há algum tema sobre o qual a Igreja deve deixar de falar na imprensa? É preciso impedir o dissenso? Estas foram algumas das perguntas propostas pelo Congresso sobre Imprensa Católica para o debate na tarde desta terça-feira, 5, em Roma. O Congresso é promovido pelo Pontifício Conselho das Comunicações e reúne 220 pessoas entre leigos, religiosos, religiosas, padres e bispos, muitos deles responsáveis pela comunicação das conferencias episcopais dos 80 países presentes no encontro.

O diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, padre Frederico Lombardi, mediou o debate e contou também sua experiência na relação com a imprensa por ocasião dos escândalos que atingiram a Igreja por causa dos abusos sexuais contra crianças praticados por padres.

Segundo padre Lombardi, esta experiência lhe mostrou que a velocidade, a globalização e a fragmentação são as novas características da comunicação.

“Em relação à velocidade, aprendi que é importante seguir e dialogar continuamente com os sujeitos que devo interpretar diante da imprensa”, disse padre Lombardi. “Outro aspecto importante para orientar o debate da Igreja é ter claro o que é importante e o que não é importante no momento da crise, isto é, ter uma hierarquia de temas”, acrescentou.

Para o diretor da Catholic News Service, em Roma, Jonh Thavis, a Igreja aprendeu muito com estas crises que, nos Estados Unidos, começaram em 2002. “Os meios católicos continuam a aprender coisas depois disso. Por muito tempo os meios católicos não falavam destes casos porque os bispos não queriam. O que acontece quando o bispo é o editor do jornal e diretor dos outros meios? Como fica seu compromisso com a excelência do jornalismo”, questionou.

Já o alemão Ludwig Ring-Eifel, diretor da agência catóica Katohoiche Nachrichtenagentur Pressebil, afirmou que não vê contradição entre liberdade de expressão e verdade na Igreja, tema do painel proposto pelo Congresso. Ele ressaltou, por outro lado, a divisão que há na Igreja alemã e que “muitos meios católicos na Alemanha não são eficientes na divulgação da verdade”.

De acordo com Eifel, há três coisas a fazer. “Evitar cair na divisão ao falar das controvérsias; não esperar ser salvo por subsídio financeiro e os jornalistas que são católicos, tratem de ser bons jornalistas, buscando sempre a verdade”.

A programação de amanhã prevê missa às 7h (horário local) na Basílica de São Pedro, presidida pelo secretário de Estado, cardeal Tarcísio Bertone. Em seguida, os participantes retornam ao auditório das conferências onde acontece o painel sobre imprensa católica e internet. O encontro termina na quinta-feira, 7, ao meio dia, após audiência com o papa Bento XVI.

Veja a íntegra das palestras (http://www.pccs.it/congressi10/stampa/documenti.htm).

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