"Deus é amor": valor acrescentado do compromisso católico por transformar sociedade.
O arcebispo Cordes ditou no sábado, 12 de maio, na véspera da inauguração da reunião eclesial de Aparecida, uma conferência, por sugestão do próprio Papa, a quem acompanhou em sua viagem ao Brasil, na qual apresentou alguns dos aspectos fundamentais de «Deus Caritas Est», a primeira encíclica deste pontificado.
«O Papa Bento XVI convida os membros da Igreja tanto a comprometer-se pela luta contra a miséria no mundo, como a formular objetivos eficazes e a desejar sua realização», constatou o prelado alemão.
Pois bem, declarou, para ajudar, «impõe-se uma mudança de paradigmas»; frente a um mundo transformado é preciso acrescentar a estes programas e projetos uma segunda dimensão: as pessoas, que em nome da Igreja dão o testemunho do amor de Deus, têm de ser formadas e impregnadas pela fé».
«Na orientação à fé dos voluntários cristãos se decide o específico na luta contra a miséria, aquilo que só a Igreja pode oferecer à humanidade», constatou.
Por este motivo, o prelado sublinhou a responsabilidade dos bispos para que os voluntários católicos e as próprias agências de ajuda católicas não se deixem impregnar pela secularização ambiental, que elimina a visão de fé no compromisso social ou de ajuda.
«Mas, como se vai poder combater a secularização global sem pastores valentes?», perguntou aos participantes na Conferência Geral.