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Movimento Focolares

Chiara Lubich (Trento, 22 de janeiro de 1920) é a fundadora e presidente do Movimento dos Focolares, um movimento Eclesial (fazem parte todas as vocações), que nasceu na Igreja Católica e tem como finalidade a realização da unidade entre as pessoas como pediu Jesus, segundo o Evangelho de São João “PAI, QUE TODOS SEJAM UM”. (17,21).

Seu pai perdeu o trabalho defendendo as idéias socialistas e assim toda a família viveu anos de extrema pobreza. Para manter-se, pagar seus estudos e ajudar a família, Chiara, desde muito jovem, dava aulas particulares.

No início da década de 40, com pouco mais de vinte anos de idade, trabalhava como professora em escolas primárias de sua cidade natal, Trento. Ingressou no curso de filosofia da Universidade de Veneza. Procurava a verdade profunda das coisas, justo no clima da Segunda Guerra Mundial, uma época plena de ódio e violência. Enquanto desmoronavam casas, homens e todas as coisas, ela descobre que Deus era para ela o único ideal que não passava. Divide então esta descoberta com outras companheiras e juntas formam um pequeno grupo, constituindo assim o primeiro núcleo do futuro movimento.

Em sete de dezembro de 1943, sozinha em uma capela, faz uma promessa a Deus de doar somente a Ele, e para sempre, toda a sua vida. Esta data é considerada hoje, o início do Movimento dos Focolares.

Sua casa foi destruída por um violento bombardeio que atingiu Trento no dia 13 de maio de 1944. Seus familiares foram refugiar-se nas montanhas. Foi quando Chiara decidiu permanecer em Trento para sustentar os seus ideais e sua vocação. No parlamento italiano, Chiara encontrou no político Igino Giordani, que foi em seguida considerado co-fundador do Movimento, pelo seu contributo à encarnação da espiritualidade da unidade nas realidades humanas. Igino era deputado, escritor, jornalista, pai de quatro filhos. Em 1949, Chiara encontrou Pasquale Foresi, um jovem seminarista que sentia a forte exigência de conjugar Evangelho e vida na Igreja. Ordenado sacerdote em 1954, Foresi foi o primeiro focolarino Sacerdote.

Em 1956 Chiara fez surgir os “Voluntários”, pessoas adultas empenhadas nas mais diversas áreas: na política, na economia, na arte, na educação, etc., para levar Deus à sociedade.

Em 1961 Chiara encontra vários pastores de outras igrejas na Europa, e assim inicia o diálogo Ecumênico. Hoje o movimento tem diálogo ecumênico com cerca 350 diferentes igrejas cristas.

 

Em 1964 fundou a “cidade-modelo” ou “Mariápolis permanente” de Loppiano nas colinas de Valdarno, próximo a Florença. A primeira de uma série de outras cidades-modelo em vários países do mundo, onde a espiritualidade da unidade é vivida 24 horas por dia em todos os aspectos da vida, inclusive no financeiro.

 

Em 1966 propôs aos jovens o radicalismo do Evangelho dando vida ao Movimento Gen (Geração Nova). Em 1977, recebeu em Londres o prêmio Templeton para o Progresso da Religião, inicia assim o dialogo com outras religiões. Em 1991, durante uma visita ao movimento no Brasil, vendo o tremendo contraste entre pobreza e riqueza, propôs uma nova teoria e prática econômica. Nasce assim a chamada “Economia de Comunhão”, presente hoje em todo mundo. De 1997 a 1998 se dedicou a abrir novas perspectivas de diálogos inter-religiosos: foi convidada a falar da sua experiência cristã no Japão, a 10.000 dirigentes do movimento budista Rissho Kosei-kai; na Tailândia, a 800 monges budistas; Em Nova York, a 3.000 muçulmanos negros na mesquita de Harlen,  e na Argentina à comunidade Hebraica de Buenos Aires.

Em setembro de 1998, em Strasburgo, recebe do Conselho Europeu, o Prêmio Direitos Humanos. Recebeu ainda diversas láureas “honoris causa” em teologia, filosofia, psicologia, economia e outras disciplinas, além de várias cidadanias honorárias na Itália e em todo o mundo.

O Movimento dos Focolares é um movimento religioso de inspiração cristã fundado em 1943, em Trento, Itália, por Chiara Lubich. Vive o Ecumenismo, com adeptos de diversas confissões religiosas, de outras religiões e até de pessoas sem referencial religioso, sendo aprovado e estimado pela Igreja Católica, bem como pelas outras Igrejas cristãs e pelos líderes de outras religiões, fato que confirma o seu carisma específico, a unidade. É também designado como “Obra de Maria”.

História do Movimento dos Focolares: Foi no tempo de ódio e de violência da Segunda Guerra Mundial que teve início este movimento de unidade e fraternidade universal. Em 1943, Chiara Lubich com as suas primeiras companheiras, em Trento, redescobriu o Evangelho como uma escolha radical de Deus que se concretiza no amor ao próximo. Juntas, atuavam-no no dia-a-dia, começando pelos bairros mais pobres da cidade. A vida delas, pessoal e coletiva, deu um salto de qualidade. Aquele primeiro grupo tornou-se logo um Movimento, que se espalhou inicialmente na Europa e, depois, no mundo todo.

Inicia-se uma nova corrente de espiritualidade baseada no amor evangélico, que suscitou um movimento de renovação espiritual e social: a espiritualidade da unidade, nitidamente comunitária.

A espiritualidade da unidade gera um estilo de vida que, inspirando-se no Evangelho – sem ignorar, pelo contrário, evidenciando valores paralelos em outras crenças e culturas – responde ao tão difundido questionamento sobre o sentido da vida e sua autenticidade, e contribui para a realização da paz e da unidade no mundo. Caem preconceitos e as sementes de verdade e de amor inerentes às diversas culturas tornam-se riqueza recíproca. Abrem-se novos horizontes nos diversos âmbitos da sociedade: cultura, política, economia, arte.

Através desta espiritualidade, vivida nos mais diversos ambientes e culturas, abriram-se diálogos fecundos: no mundo católico, com indivíduos e grupos, Movimentos e associações, para cooperar na consolidação da unidade; com cristãos de diversas Igrejas para contribuir à plena comunhão; com fiéis de várias religiões e pessoas de outras convicções, para caminhar rumo àquela fraternidade universal a que todos tendemos.

O Movimento, pela variedade das pessoas que o compõem – jovens e adultos, crianças e adolescentes, famílias e sacerdotes, religiosos e religiosas de várias congregações e até bispos – embora sendo um só, se articula em 18 ramificações.

Aos poucos, foram se desenvolvendo várias concretizações entre as quais, no campo da cultura, a escola Abbá para a elaboração de uma cultura renovada; no da economia, o projeto por uma Economia de Comunhão, ao qual estão vinculadas mais de 700 empresas; pequenas cidades de testemunho, obras sociais, editoras e revistas.

O Movimento dos Focolares faz parte daquele fenômeno de florescimento dos Movimentos eclesiais que o Papa definiu como uma “resposta suscitada pelo Espírito Santo a este dramático desafio de final de milênio”.

Foi aprovado pela Santa Sé desde 1962 e, com os desenvolvimentos sucessivos, em 1990 e, enfim, em março de 2007. Vários são os reconhecimentos manifestados pelas Igrejas ortodoxa, anglicana e luterana; pelas diversas religiões e por organismos culturais e internacionais.

O Movimento dos Focolares é reconhecido pelo Papa.

 

A morte de Chiara Lubich

Num clima sereno, de oração e de intensa comoção, Chiara Lubich, fundadora e presidente do movimento dos Focolares, morreu em 14/03/08, aos 88 anos, na sua casa, em Rocca di Papa, nos arredores de Roma.

Mensagem do Papa por ocasião da morte:

“Tomei conhecimento, com profunda emoção, da notícia da morte de Chiara, que chegou ao final de uma vida longa e fecunda, marcada incansavelmente pelo seu amor por Jesus Abandonado”. Assim inicia o telegrama. O Papa agradece a Deus “pelo testemunho da sua existência na escuta das necessidades do homem contemporâneo, em plena fidelidade à Igreja e ao Papa”. Bento XVI faz votos de que “todos os que a conheceram e encontraram, admirando as maravilhas que Deus realizou por meio do seu ardor missionário, sigam os seus passos, mantendo vivo o seu carisma”. E conclui invocando “a materna intercessão de Maria” e enviando “a todos” a sua bênção apostólica.


CNBB se solidariza pela morte de Chiara

“A CNBB recebe com pesar a notícia da morte de Chiara Lubich, ocorrida em 14/03/08 em Roma, solidarizando-se com todos os membros do Movimento dos Focolares, fundado por ela em 1943 e presente no Brasil desde 1958.

Chiara Lubich, ao longo de sua vida, deu um grande testemunho de fé e humanidade, num empenho constante pela comunhão na Igreja, pelo diálogo ecumênico e pela fraternidade entre todos dos povos.

Recordamos suas diversas visitas ao nosso País, particularmente em 1991, quando propôs a criação da Economia de Comunhão que, no âmbito do Movimento dos Focolares, buscou ser uma resposta aos grandes problemas sociais de nosso povo. Essa experiência logo se consolidou e se expandiu, sendo hoje um modelo de solidariedade e de serviço aos mais pobres em todo o Mundo.

A Deus faz chegar nossa prece a fim de que acolha Chiara Lubich entre os eleitos, dando-lhe do banquete preparado para os que, nesta vida, serviram Cristo nos mais pobres e sofredores. Conforte-nos a palavra da Sabedoria: “As almas dos justos estão na mão de Deus (…), eles estão na paz” (Sb 3,1.3c).”

Brasília – DF, 14 de março de 2008.

Dom Dimas Lara Barbosa, Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro, Secretário Geral da CNBB

 

Fontes:

http://pt.wikipedia.org/wiki/movimento_focolare

http://.noticias.cancaonova.com/noticias.php

www.focolare.org

www.nadiatimm.jor.br

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