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Importância dos leigos

“Presidente do Celam fala da importância dos leigos na missão evangelizadora da Igreja Sem os leigos a Igreja não realiza sua missão”. A afirmação é do arcebispo de Aparecida e presidente do Conselho Episcopal Latino-americano, dom Raymundo Damasceno Assis. “[Para a missão] são necessários os leigos, mas também os sacerdotes e os religiosos.

 É uma ação conjunta da Igreja”, completa o arcebispo que olha com otimismo a realização do 3º Congresso Americano Missionário e 8º Congresso Missionário Latino-amerincano (CAM3-Comla8).

     No próximo domingo, no encerramento do Congresso, que se realiza em Quito (Equador) desde o dia 12, dom Damasceno lançará, oficialmente, a Missão Continental, uma proposta aprovada pela Conferência dos Bispos da América Latina e Caribe realizada no ano passado em Aparecida (SP).

     Em entrevista exclusiva para o site da CNBB, o arcebispo explica o que o Celam está produzindo para a Missão Continental e qual o papel da Igreja do Brasil neste novo projeto da Igreja latino-americana e caribenha. 

1. Qual a novidade apresentada pelo 3º Congresso Americano Missionário e 8º Congresso Missionário Latino-americano?

Dom Damasceno – Os congressos missionários são um momento forte de reavivar em todos os participantes a consciência missionária, que é uma dimensão essencial da Igreja. Os participantes são sacerdotes, religiosas e leigos que atuam em suas respectivas Conferências Episcopais e dioceses. Eles serão os grandes multiplicadores dos frutos deste Congresso que está transcorrendo num clima de muita cordialidade e alegria. Levarão, sobretudo, o entusiasmo e o desejo de implementar a Missão Continental. Procurarão impregnar a vida de cada batizado e as estruturas de nossa Igreja deste espírito missionário para que nossas comunidades sejam missionárias e saiam ao encontro dos mais afastados, dos mais esquecidos, dos abandonados e dos que precisam de nossa solidariedade e da mensagem do evangelho, que é vida para todos e vida em abundância.

2. No próximo domingo, no encerramento do CAM3-Comla8, o senhor abrirá oficialmente a Missão Continental, uma proposta assumida na Conferência de Aparecida. O que o Celam está oferecendo às Conferências Episcopais para a realização desta Missão? 

Dom Damasceno – O Celam fez uma pequena proposta sobre a Missão Continental, contendo seus objetivos, seus conteúdos e alguns elementos comuns que devem caracterizar esta missão na América Latina e Caribe. Nossa proposta já chegou a todas as Conferencias Episcopais. No Brasil, por exemplo, a CNBB está elaborando um projeto de evangelização à luz desta proposta do Celam, e assim todas as demais Conferências. Além disso, vamos produzir uma série de subsídios para aprofundar os conteúdos da Conferência de Aparecida e ajudar a realização da Missão Continental cujos protagonistas são as dioceses e as paróquias. Um jovem, dando testemunho sobre a missão que se realiza no Chile, dizia que sem os leigos a missão não vai funcionar. É verdade. Sem os leigos a Igreja não realiza sua missão. São necessários os leigos, mas do

também os sacerdotes e os religiosos. É uma ação conjunta da Igreja. O Celam vai continuar produzindo subsídios, realizando encontros, seja em sua sede, em Bogotá, ou quando convidado nas diversos países para dar a ajuda que cada Conferência necessitar e solicitar.

3. O Brasil foi sede da Conferência de Aparecida que decidiu pela realização da Missão Continental. A Igreja do Brasil se destaca pela sua organização e atuação pastoral. Que responsabilidades o senhor atribui à Igreja do Brasil em relação à Missão Continental? 

Dom Damasceno – Na aplicação das conclusões da Conferência de Aparecida, o Brasil tem uma responsabilidade talvez maior do que os demais países por termos sido sede da Conferência, por termos recebido o Santo Padre e também por sermos um país maior geográfica e populacionalmente, com uma Conferência Episcopal maior em número de dioceses, provavelmente perdendo em número de bispos somente para Itália. Todos os países olham para o Brasil e recebem influência dele. Queremos que esta influência seja cada vez mais benéfica para colaborar com as Conferências Episcopais da América Latina e Caribe e na missão evangelizadora de modo geral.

4. Que avaliação o senhor faz da conferência proferida por dom Erwin Kräutler neste Congresso?

Dom Damasceno – Dom Erwin falou da missão mais universal da Igreja e nos mostrou a riqueza do conceito de evangelização que é multiforme e abrange tantas realidades. Ele mostrou que Jesus veio trazer uma salvação integral, não só nos remir do pecado, mas dizer que a vida da graça deve se desenvolver em todos os demais âmbitos – no âmbito da  família, do trabalho, da cultura – de uma maneira digna como convém a todos os filhos de Deus. É uma salvação que deve nos libertar dos pecados sociais que levam a sociedade a se organizar de modo a não considerar a vida em sua dignidade, o respeito aos direitos humanos e a partilha dos bens da criação. A sociedade é muito excludente. Há uma concentração de renda e, no nosso trabalho de evangelização, temos que levar esta mensagem de salvação mais integral que atinge o homem todo, não só na sua dimensão espiritual, mas também material. É nisso que dom Erwin quis insistir e calcar sua conferência.

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