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Carta aos Benfeitores do Seminário

Caríssimo(a) amigo(a) e benfeitor(a) do Seminário!


Estamos em pleno Tempo Pascal! Na alegria do Ressuscitado, gostaria de partilhar e refletir com você uns breves pensamentos de nosso querido Papa Bento XVI, a partir de sua “mensagem para o 49º dia mundial de oração pelas vocações”, ocorrido no último dia 29 de abril, IV Domingo da Páscoa, cujo tema é: “As vocações, dom do amor de Deus”. Um tema muito oportuno e rico para pensarmos e promovermos as vocações sacerdotais e religiosas na Igreja. De fato – diz Bento XVI – “cada vocação específica nasce da iniciativa de Deus, é dom do amor de Deus! É Ele que realiza o ‘primeiro passo’, e não o faz por uma particular bondade que teria vislumbrado em nós, mas em virtude da presença do seu próprio amor ‘derramado nos nossos corações pelo Espírito Santo’ (Rm 5,5)”.

Como é importante, caro(a) irmão(ã), termos presente, sempre, esse “primeiro passo” de Deus em relação a nós! Ele “nos amou primeiro” (1Jo 4,19). Bento XVI fala de um “vínculo primordial” existente entre nós e Deus, que antecede a própria criação. De fato, no Filho Jesus, Deus “escolheu-nos antes da fundação do mundo” (Ef 1,4). Somos eleitos desde sempre! Que maravilha! Nós “fomos amados por Deus ainda ‘antes’ de começarmos a existir! Movido exclusivamente pelo seu amor incondicional, ‘criou-nos do nada’ (cf. 2Mac 7,28) para nos conduzir à plena comunhão consigo”, afirma o Papa. Não somos “fruto do acaso”, mas somos fruto “de um pensamento e de um ato de amor de Deus, amor imenso, fiel e eterno (cf. Jr 31,3)”. Afirma-se, então, que “é a descoberta deste fato que muda, verdadeira e profundamente, a nossa vida”. E quantas vidas mudadas, transformadas a partir desta “mola secreta” – como diz Bento XVI – que é o amor de Deus, um amor que tudo impulsiona! Este amor é “a causa que não falha”, mesmo nas circunstâncias adversas. Trata-se de um amor sem reservas que “nos precede, sustenta e chama ao longo do caminho da vida”.
Bento XVI afirma, então, que é “neste terreno de um coração em oblação, na abertura ao amor de Deus e como fruto deste amor [que] nascem e crescem todas as vocações. E é bebendo nesta fonte durante a oração, através duma familiaridade assídua com a Palavra e os Sacramentos, nomeadamente a Eucaristia, que é possível viver o amor ao próximo, em cujo rosto se aprende a vislumbrar o de Cristo Senhor (cf. Mt 25, 31-46)”. Assim, “amor a Deus” e “amor ao próximo” são as “duas expressões do único amor divino [que] devem ser vividas, com particular vigor e pureza de coração, por aqueles que decidiram empreender um caminho de discernimento vocacional em ordem ao ministério sacerdotal e à vida consagrada”. Então, podemos concluir: o Padre é para Deus! O Padre é para os outros!
Por isso – diz o Papa – “é preciso anunciar de novo, especialmente às novas gerações, a beleza persuasiva deste amor divino, que precede e acompanha”. Concretamente, Bento XVI exorta, “com viva solicitude, a uma escuta atenta de quantos, no âmbito das comunidades paroquiais, associações e movimentos, sentem manifestar-se os sinais duma vocação para o sacerdócio ou para uma especial consagração”. E, ainda, “é importante que se criem, na Igreja, as condições favoráveis para poderem desabrochar muitos ‘sins’, respostas generosas ao amoroso chamamento de Deus”.
O Papa refere-se, ainda, às famílias, afirmando que elas são “não apenas o lugar privilegiado da formação humana e cristã, mas podem constituir também ‘o primeiro e o melhor seminário da vocação à vida consagrada pelo Reino de Deus’ (Exort. ap. Familiaris consortio, 53), fazendo descobrir, mesmo no âmbito da família, a beleza e a importância do sacerdócio e da vida consagrada”.
Caro(a) irmão(a): motivados por estas palavras, renovemos, cada um, a fidelidade à sua própria vocação; rezemos mais fervorosamente pelos vocacionados – os seminaristas e aqueles que ainda não descobriram ou não responderam ao chamado; acompanhemos e escutemos atentamente em nossas comunidades aqueles que percebem sinais vocacionais em suas vidas; e demos o exemplo de uma vida doada inteiramente a Deus e ao próximo!
Peço, também, que você continue generoso(a) e fiel na sua contribuição! Desta forma temos maiores possibilidades para o cultivo e a formação das vocações nesta igreja peregrina em Cuiabá! Deus te abençoe, fazendo prosperar sua vida, em todos os âmbitos, segundo o Seu amoroso desígnio.
Um forte abraço! Em Jesus Cristo, Rei do universo,
Padre Reginaldo de Souza Oliveira ( Reitor do Seminário Cristo Rei)
                                                                                           

SEMINÁRIO ARQUIDIOCESANO CRISTO REI
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Várzea Grande-MT, 2 de maio de 2012.

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