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DOMINGO DE RAMOS E DA PAIXÃO DO SENHOR

DOMINGO DE RAMOS E DA PAIXÃO DO SENHOR
JESUS CRISTO SE TORNOU OBEDIENTE ATÉ A MORTE NUMA CRUZ (Fl 2,8-9)
DOMINGO DE RAMOS E DA PAIXÃO DO SENHOR
Cor: Vermelho
Animador:
Irmãos amados, com a celebração do Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor, nós iniciamos a Semana Santa. Hoje somos convidados a proclamar que Cristo é o Messias, o Ungido, o Rei do Universo, mas Ele é também o Servo humilde que morreu e ressuscitou para nossa salvação. Acompanhemos os passos de nosso Redentor e celebremos, com piedade, os mistérios da nossa fé.
RITOS INICIAIS
1. CANTO DE PROCISSÃO DA ENTRADA DO SENHOR EM JERUSALÉM – REFR.: HOSANA HEI; HOSANA HA; HOSANA HEI; HOSANA HEI; HOSANA HA. (BIS) / 1. Ele é o santo, é o filho de Maria, é o rei de Israel, é o Filho de Davi. / 2. Vamos a Ele com as flores dos trigais, com os ramos de oliveira, com alegria e muita paz. / 3. Ele é o Cristo, é o unificador. É Hosana nas alturas, é Hosana no amor./ 4. Ele é a alegria, é a razão do meu viver. É a vida dos meus dias, é o amparo no sofrer.
2. SAUDAÇÃO DO CELEBRANTE – P.: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. TODOS: AMÉM. P.: O Senhor que encaminha os nossos corações para o amor de Deus e a constância de Cristo esteja convosco! TODOS: BENDITO SEJA DEUS, QUE NOS REUNIU NO AMOR DE CRISTO! P.: Meus irmãos e irmãs: durante as cinco semanas da Quaresma preparamos os nossos corações pela oração, pela penitência e pela caridade. Hoje nos reunimos e vamos iniciar, com toda a Igreja, a celebração da Páscoa de nosso Senhor. Para realizar o mistério de sua morte e ressurreição, Cristo entrou em Jerusalém, sua cidade. Celebrando com fé e piedade a memória dessa entrada, sigamos os passos de nosso Salvador para que, associados pela graça à sua Cruz, participemos também de sua Ressurreição e de sua Vida.
3. BENÇÃO DOS RAMOS – P.: Oremos (pausa): Deus eterno e todo-poderoso, abençoai estes ramos †, para que, seguindo com alegria o Cristo, nosso Rei, cheguemos por Ele à eterna Jerusalém. Pelo mesmo Cristo, nosso Senhor. TODOS: Amém. (O celebrante, em silêncio, asperge os ramos com água benta).
4. PROCLAMAÇÃO DO EVANGELHO – (Mc 11, 1- 10)
P.: O Senhor esteja convosco. TODOS: ELE ESTÁ NO MEIO DE NÓS. P.: Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Marcos. TODOS: GLÓRIA A VÓS, SENHOR!
P.: 1Naquele tempo, quando se aproximaram de Jerusalém na altura de Betfagé e de Betânia, junto ao monte das Oliveiras, Jesus enviou dois discípulos, 2dizendo: “Ide até o povoado que está em frente, e logo que ali entrardes, encontrareis amarrado um jumentinho que nunca foi montado. Desamarrai-o e trazei-o aqui! 3Se alguém disser: ‘Por que fazeis isso?’, dizei: ‘O Senhor precisa dele, mas logo o mandará de volta’. 4Eles foram e encontraram um jumentinho amarrado junto de uma porta, do lado de fora, na rua, e o desamarraram. 5Alguns dos que estavam ali disseram: “O que estais fazendo, desamarrando esse jumentinho?” 6Os discípulos responderam como Jesus havia dito, e eles permitiram. 7Trouxeram então o jumentinho a Jesus, colocaram sobre ele seus mantos, e Jesus montou. 8Muitos estenderam seus mantos pelo caminho, outros espalharam ramos que haviam apanhado nos campos. 9Os que iam na frente e os que vinham atrás gritavam: “Hosana! Bendito o que vem em nome do Senhor! 10Bendito seja o reino que vem, o reino de nosso pai Davi! Hosana no mais alto dos céus!” Palavra da Salvação.
TODOS: GLÓRIA A VÓS, SENHOR!
5. PROCISSÃO DE RAMOS – P.: Irmãos e irmãs, imitando o povo que aclamou Jesus, iniciemos, com alegria, nossa procissão.
6. CANTO DA PROCISSÃO – REFR.: OS FILHOS DOS HEBREUS, COM RAMOS DE PALMEIRA, CORRERAM AO ENCONTRO DE JESUS, NOSSO SENHOR, CANTANDO E GRITANDO: "HOSANA, Ó SALVADOR!" (BIS) 1. O mundo e tudo que tem nele é de Deus, a terra e os que aí vivem, todos seus! Foi Deus que a terra construiu por sobre os mares, no fundo do oceano, seus pilares! / 2. Quem vai morar no templo de sua cidade? Quem pensa e vive longe das vaidades! Pois Deus, o salvador o abençoará, no julgamento o defenderá!/ 3. Assim, são todos os que prestam culto a Deus que adoram o Senhor, Deus dos hebreus! Portões Antigos, se escancarem, vai chegar alerta! O rei da glória vai entrar!/ 4. Quem é, quem é, então, quem é o rei da glória? O Deus, forte Senhor da nossa história! Portões antigos, se escancarem, vai chegar, alerta! O rei da glória vai entrar!/ 5. Quem é, quem é, então, quem é o rei da glória? O Deus que tudo pode, é o rei da glória! Aos três, ao Pai, ao Filho e ao Confortador da Igreja que caminha o louvor!
7. ORAÇÃO DO DIA – P.: OREMOS (Pausa): – Deus eterno e todo-poderoso, para dar aos homens um exemplo de humildade, quisestes que o nosso Salvador se fizesse homem e morresse na Cruz. Concedei-nos aprender o ensinamento da Sua Paixão e ressuscitar com Ele em Sua glória. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. TODOS: AMÉM.
LITURGIA DA PALAVRA
Animador: Irmãos caríssimos, na Cruz se manifestou para todos nós o infinito amor de Deus. Ouçamos, com atenção, as leituras de hoje.
8. 1ª LEITURA (Is 50, 4-7) – Leitura do Livro do Profeta Isaías.
4O Senhor Deus deu-me língua adestrada, para que eu saiba dizer palavras de conforto à pessoa abatida; Ele me desperta cada manhã e me excita o ouvido, para prestar atenção como um discípulo. 5O Senhor abriu-me os ouvidos; não lhe resisti nem voltei atrás. 6Ofereci as costas para me baterem e as faces para me arrancarem a barba; não desviei o rosto de bofetões e cusparadas. 7Mas o Senhor Deus é meu Auxiliador, por isso não me deixei abater o ânimo, conservei o rosto impassível como pedra, porque sei que não sairei humilhado. Palavra do Senhor. TODOS: GRAÇAS A DEUS.
9. SALMO RESPONSORIAL – (Do Salmo 21/22) REFR.: MEU DEUS, MEU DEUS, POR QUE ME ABANDONASTES? 1. Riem de mim todos aqueles que me veem, / torcem os lábios e sacodem a cabeça: / Ao Senhor se confiou, Ele o liberte / e agora o salve, se é verdade que Ele o ama! / 2. Cães numerosos me rodeiam furiosos / e por um bando de malvados fui cercado. / Transpassaram minhas mãos e os meus pés. / E eu posso contar todos os meus ossos. / 3. Eles repartem entre si as minhas vestes / e sorteiam entre si a minha túnica. / Vós, porém, ó meu Senhor, não fiqueis longe, / ó minha força, vinde logo em meu socorro! / 4. Anunciarei o vosso nome a meus irmãos / e no meio da assembleia hei de louvar-vos! / Vós que temeis ao Senhor Deus, dai-lhe louvores / e glorificai-o, descendentes de Jacó, e respeitai-o, toda raça de Israel!
10. 2ª LEITURA (Fl 2, 6-11) – Leitura da Carta de São Paulo aos Filipenses.
Irmãos: 6Jesus Cristo, existindo em condição divina, não fez do ser igual a Deus uma usurpação, 7mas Ele esvaziou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e tornando-se igual aos homens. Encontrado com aspecto humano, 8humilhou-se a si mesmo, fazendo-se obediente até a morte, e morte de cruz. 9Por isso, Deus o exaltou acima de tudo e lhe deu o Nome que está acima de todo nome. 10Assim, ao nome de Jesus, todo joelho se dobre no céu, na terra e abaixo da terra, 11e toda língua proclame: “Jesus Cristo é o Senhor!”, para a glória de Deus Pai. Palavra do Senhor. TODOS: GRAÇAS A DEUS.
11. ACLAMAÇÃO AO ANÚNCIO DA PAIXÃO
REFR.: LOUVOR A VÓS, Ó CRISTO, REI DA ETERNA GLÓRIA. / Jesus Cristo se tornou obediente,/ obediente até a morte numa cruz. / Pelo que o Senhor Deus o exaltou, / e deu-lhe um nome muito acima de outro nome.
12. ANÚNCIO DA PAIXÃO DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO- (Mc 14, 1-15, 47)
DIÁC. OU OUTRO FIEL: Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo Marcos.
DIÁC: 1Faltavam dois dias para Páscoa e para a festa dos ázimos. Os sumos sacerdotes e os mestres da Lei procuravam um meio de prender Jesus à traição, para matá-lo. 2Eles diziam:
TODOS: “Não durante a festa, para que não haja um tumulto no meio do povo”.
L1: 3Jesus estava em Betânia, na casa de Simão, o leproso. Quando estava à mesa, chegou uma mulher com um vaso de alabastro cheio de perfume de nardo puro, muito caro. Ela quebrou o vaso e derramou o perfume na cabeça de Jesus. 4Alguns que estavam ali ficaram indignados e comentavam:
TODOS: “Por que esse desperdício de perfume? 5Ele poderia ser vendido por mais de trezentas moedas de prata, que seriam dadas aos pobres”.
DIÁC: E criticavam fortemente a mulher. 6Mas Jesus lhes disse:
P.: “Deixai-a em paz! Por que aborrecê-la? Ela praticou uma boa ação para comigo. 7Pobres sempre tereis convosco, e quando quiserdes podeis fazer-lhes o bem. Quanto a mim, não me tereis para sempre. 8Ela fez o que podia: derramou o perfume em meu corpo, preparando-o para a sepultura. 9Em verdade vos digo: em qualquer parte que o Evangelho for pregado, em todo o mundo, será contado o que ela fez, como lembrança do seu gesto”.
L2: 10Judas Iscariotes, um dos doze, foi ter com os sumos sacerdotes para entregar–lhes Jesus. 11Eles ficaram muito contentes quando ouviram isso, e prometeram dar-lhe dinheiro. Então, Judas começou a procurar uma boa oportunidade para entregar Jesus.
DIÁC. : 12No primeiro dia dos ázimos, quando se imolava o cordeiro pascal, os discípulos disseram a Jesus:
TODOS: “Onde queres que façamos os preparativos para comeres a Páscoa?”
DIÁC.: 13Jesus enviou então dois dos seus discípulos e lhes disse:
P.: “Ide à cidade. Um homem carregando um jarro de água virá ao vosso encontro. Segui-o 14e dizei ao dono da casa em que ele entrar: ‘O Mestre manda dizer: onde está a sala em que vou comer a Páscoa com meus discípulos’? 15Então ele vos mostrará, no andar de cima, uma grande sala, arrumada com almofadas. Ali fareis os preparativos para nós!”
L1: 16Os discípulos sairam e foram à cidade. Encontraram tudo como Jesus havia dito, e prepararam a Páscoa. 17Ao cair da tarde, Jesus foi com os doze.
DIÁC.: 18Enquanto estavam à mesa comendo, Jesus disse:
P.: “Em verdade vos digo: Um de vós, que come comigo, vai me trair”.
DIÁC.: 19Os discípulos começaram a ficar tristes e perguntaram a Jesus, um após outro:
TODOS: “Acaso serei eu?”
DIÁC.: 20Jesus lhes disse:
P.: “É um dos doze, que se serve comigo do mesmo prato. 21O Filho do Homem segue seu caminho, conforme está escrito sobre Ele. Ai, porém, daquele que trair o Filho do Homem! Melhor seria que nunca tivesse nascido!”
DIÁC.: 22Enquanto comiam, Jesus tomou o pão, e, tendo pronunciado a bênção, partiu-o e entregou-lhes dizendo:
P.: “Tomai, isto é o meu corpo”.
DIÁC.: 23Em seguida, tomou o cálice, deu graças, entregou-lhes e todos beberam dele. 24 Jesus lhes disse:
P.: “Isto é o meu sangue, o sangue da aliança, que é derramado em favor de muitos. 25Em verdade vos digo: não bebereis mais do fruto da videira, até o dia em que beberei o vinho novo no Reino de Deus”.
DIÁC.: 26Depois de terem cantado o hino, foram para o Monte das Oliveiras. 27Então Jesus disse aos discípulos:
P.: “Todos vós ficareis desorientados, pois está escrito: ‘Ferirei o Pastor e as ovelhas se dispersarão’. 28Mas, depois de ressuscitar, eu vos procederei na Galileia”.
DIÁC.: 29Pedro, porém, lhe disse:
TODOS: “Mesmo que todos fiquem desorientados, eu não ficarei”.
DIÁC.: 30Respondeu-lhe Jesus:
P.: “Em verdade te digo: ainda hoje, esta noite, antes que o galo cante duas vezes, três vezes tu me negarás”.
DIÁC.: 31Mas Pedro repetiu com veemência:
TODOS: “Ainda que tenha de morrer contigo, eu não te negarei”.
DIÁC.: E todos diziam o mesmo. 32Chegados a um lugar chamado Getsêmani, disse Jesus aos discípulos:
P.: “Sentai-vos aqui, enquanto Eu vou rezar!”
DIÁC.: 33Levou consigo Pedro, Tiago e João, e começou a sentir pavor e angústia. 34Então Jesus lhes disse:
P.: “Minha alma está triste até a morte. Ficai aqui e vigiai”.
DIÁC.: 35Jesus foi um pouco mais adiante e, prostrando-se por terra, rezava que, se fosse possível, aquela hora se afastasse d’Ele. 36Dizia:
P.: “Abá! Pai! Tudo te é possível: afasta de Mim este cálice! Contudo, não seja feito o que Eu quero, mas sim o que Tu queres!”
DIÁC.: 37Voltando, encontrou os discípulos dormindo. Então disse a Pedro:
P.: “Simão, tu estás dormindo? Não pudeste vigiar nem mesmo uma hora? 38Vigiai e orai, para não cairdes em tentação! Pois o espírito está pronto, mas a carne é fraca”.
DIÁC.: 39Jesus afastou-Se de novo e rezou, repetindo as mesmas palavras. 40Voltou outra vez e os encontrou dormindo, porque seus olhos estavam pesados de sono e eles não sabiam o que responder. 41Ao voltar pela terceira vez, Jesus lhes disse:
P.: “Agora podeis dormir e descansar. Basta! Chegou a hora! Eis que o Filho do Homem é entregue nas mãos dos pecadores. 42Levantai-vos! Vamos! Aquele que vai me trair já está chegando”.
DIÁC.: 43E logo, enquanto Jesus ainda falava, chegou Judas, um dos doze, com uma multidão armada de espadas e paus. Vinham da parte dos sumos sacerdotes, dos mestres da Lei e dos anciãos do povo. 44O traidor tinha combinado com eles um sinal, dizendo: “É aquele a quem eu beijar. Prendei-O e levai-O com segurança!” 45Judas logo se aproximou de Jesus, dizendo:
TODOS: “Mestre”!
L2: E o beijou. 46Então lançaram as mãos sobre ele e o prenderam. 47Mas um dos presentes puxou da espada e feriu o empregado do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha.
DIÁC.: 48Jesus tomou a palavra e disse:
P.: “Vós saístes com espadas e paus para me prender, como se fosse um assaltante. 49Todos os dias Eu estava convosco, no Templo, ensinando, e não Me prendestes. Mas, isso acontece para que se cumpram as Escrituras”.
L1: 50Então todos O abandonaram e fugiram. 51Um jovem, vestido apenas com um lençol, estava seguindo a Jesus. E eles O prenderam. 52Mas o jovem largou o lençol e fugiu nu.
L2: 53Então levaram Jesus ao Sumo Sacerdote, e todos os sumos sacerdotes, os anciãos e os mestres da Lei se reuniram. 54Pedro seguiu Jesus de longe, até o interior do pátio do Sumo Sacerdote. Sentado com os guardas, aquecia-se junto ao fogo. 55Ora, os sumos sacerdotes e todo o Sinédrio procuravam um testemunho contra Jesus, para condená-Lo à morte, mas não encontravam. 56Muitos testemunhavam falsamente contra Ele, mas seus testemunhos não concordavam.
DIÁC.: 57Alguns se levantaram e testemunharam falsamente contra Ele, dizendo:
TODOS: 58“Nós O ouvimos dizer: ‘Vou destruir este templo feito pelas mãos dos homens, e em três dias construirei um outro, que não será feito por mãos humanas!”
DIÁC.: 59Mas nem assim o testemunho deles concordava. 60Então, o Sumo Sacerdote levantou-se no meio deles e interrogou a Jesus:
TODOS: “Nada tens a responder ao que estes testemunham contra Ti?”
DIÁC.: 61Jesus continuou calado, e nada respondeu. O Sumo Sacerdote interrogou-O de novo:
TODOS: “Tu és o Messias, o Filho de Deus Bendito?”
DIÁC.: 62Jesus respondeu:
P.: “Eu Sou. E vereis o Filho do Homem sentado à direita do Todo-poderoso, vindo com as nuvens do céu”.
DIÁC.: 63O Sumo Sacerdote rasgou suas vestes e disse:
TODOS: “Que necessidade temos ainda de testemunhas? 64Vós ouvistes a blasfêmia! O que vos parece?”
DIÁC.: Então todos O julgaram réu de morte. 65Alguns começaram a cuspir em Jesus. Cobrindo-Lhe o rosto, O esbofeteavam e diziam:
TODOS: “Profetiza!”
DIÁC.: Os guardas também davam-Lhe bofetadas. 66Pedro estava em baixo, no pátio. Chegou uma criada do Sumo Sacerdote, 67e, quando viu Pedro que se aquecia, olhou bem para ele e disse:
TODOS: “Tu também estavas com Jesus, o Nazareno!”
DIÁC.: 68Mas Pedro negou, dizendo:
TODOS: “Não sei e nem compreendo o que estás dizendo!”
DIÁC.: E foi para fora para a entrada do pátio. E o galo cantou. 69A criada viu Pedro, e de novo começou a dizer aos que estavam perto:
TODOS: “Este é um deles”.
DIÁC.: 70Mas Pedro negou outra vez. Pouco depois, os que estavam junto diziam novamente a Pedro:
TODOS: “É claro que tu és um deles, pois és da Galileia”.
DIÁC.: 71Aí Pedro começou a maldizer e a jurar, dizendo:
TODOS: “Nem conheço esse homem de quem estais falando”.
L1: 72E nesse instante um galo cantou pela segunda vez. Lembrou-se Pedro da palavra que Jesus lhe havia dito: “Antes que um galo cante duas vezes, três vezes tu Me negarás”. Caindo em si, ele começou a chorar.
DIÁC.: 15,1Logo pela manhã, os sumos sacerdotes, com os anciãos, os mestres da Lei e todo o sinédrio, reuniram-se e tomaram uma decisão. Levaram Jesus amarrado e o entregaram a Pilatos. 2E Pilatos O interrogou:
TODOS: “Tu és o Rei dos judeus?”
DIÁC.: Jesus respondeu:
P.: “Tu o dizes”.
DIÁC.: 3E os sumos sacerdotes faziam muitas acusações contra Jesus. 4Pilatos O interrogou novamente:
TODOS: “Nada tens a responder? Vê de quanta coisa Te acusam!”
DIÁC.: 5Mas Jesus não respondeu mais nada, de modo que Pilatos ficou admirado. 6Por ocasião da Páscoa, Pilatos soltava o prisioneiro que eles pedisssem. 7Havia então um preso chamado Barrabás, entre os bandidos, que, numa revolta, tinha cometido um assassinato. 8A multidão subiu a Pilatos e começou a pedir que fizesse como era costume. 9Pilatos perguntou:
TODOS: “Vós quereis que eu solte o Rei dos judeus?”
DIÁC.: 10Ele bem sabia que os sumos sacerdotes haviam entregado Jesus por inveja. 11Porém, os sumos sacerdotes instigaram a multidão para que Pilatos lhes soltasse Barrabás. 12Pilatos perguntou de novo:
TODOS: “Que quereis então que eu faça com o Rei dos judeus?"
DIÁC.: 13Mas eles tornaram a gritar:
TODOS: “Crucifica-O! ”
DIÁC.: 14Pilatos perguntou:
TODOS: “Mas que mal Ele fez?”
DIÁC.: Eles, porém, gritaram com mais força:
TODOS: “Crucifica-O!”
DIÁC.: 15Pilatos, querendo satisfazer a multidão, soltou Barrabás, mandou flagelar Jesus, e O entregou para ser crucificado. 16Então os soldados O levaram para dentro do palácio, isto é, o pretório, e convocaram toda a tropa. 17Vestiram Jesus com um manto vermelho, teceram uma coroa de espinhos e a puseram em sua cabeça. 18E começaram a saudá-Lo:
TODOS: “Salve, Rei dos judeus!”
L2: 19Batiam-Lhe na cabeça com uma vara. Cuspiam nEle e, dobrando os joelhos, prostravam-se diante d’Ele. 20Depois de zombarem de Jesus, tiraram-Lhe o manto vermelho, vestiram-No de novo com suas próprias roupas e O levaram para fora, a fim de crucificá-Lo.
DIÁC.: 21Os soldados obrigaram um certo Simão de Cirene, pai de Alexandre e de Rufo, que voltava do campo, a carregar a cruz. 22Levaram Jesus para o lugar chamado Gólgota, que quer dizer “Calvário”. 23Deram-Lhe vinho misturado com mirra, mas Ele não o tomou. 24Então O crucificaram e repartiram as suas roupas, tirando a sorte, para ver que parte caberia a cada um. 25Eram nove horas da manhã quando O crucificaram. 26E ali estava uma inscrição com o motivo de sua condenação: “O Rei dos Judeus”. 27Com Jesus foram crucificados dois ladrões, um à direita e outro à esquerda.(28) 29Os que por ali passavam O insultavam, balançando a cabeça e dizendo:
TODOS: “Ah! Tu que destróis o Templo e o reconstróis em três dias, 30salva-Te a Ti mesmo, descendo da cruz!”
DIÁC.: 31Do mesmo modo, os sumos sacerdotes, com os mestres da Lei, zombavam entre si, dizendo:
TODOS: “A outros salvou, a si mesmo não pode salvar! 32O Messias, o Rei de Israel… que desça agora da cruz, para que vejamos e acreditemos!”
DIÁC.: Os que foram crucificados com Ele também O insultavam. 33Quando chegou o meio-dia, houve escuridão sobre a terra, até às três horas da tarde. 34Pelas três horas da tarde, Jesus gritou com voz forte:
P.: “Eloi, Eloi, lamá sabactâni?”
DIÁC.: Que quer dizer: “Meu Deus, meu Deus, porque Me abandonastes?” 35Alguns dos que estavam ali perto, ouvindo-O, disseram:
TODOS: “Vejam, Ele está chamando Elias!”
DIÁC.: 36Alguém correu e embebeu uma esponja em vinagre, colocando-a na ponta de uma vara e Lhe deu de beber, dizendo:
TODOS: “Deixai! Vamos ver se Elias vem tirá-Lo da cruz”.
DIÁC.: 37Então Jesus deu um forte grito e expirou.
(Todos se ajoelham por um instante).
DIÁC.: 38Nesse momento a cortina do santuário rasgou-se de alto a baixo, em duas partes. 39Quando o oficial do exército, que estava bem em frente dele, viu como Jesus havia expirado, disse:
TODOS: “Na verdade, este homem era Filho de Deus!”
DIÁC.: 40Estavam ali também algumas mulheres, que olhavam de longe; entre elas, Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago Menor e de Joset, e Salomé. 41Elas haviam acompanhado e servido a Jesus, quando Ele estava na Galileia. Também muitas outras que tinham ido com Jesus a Jerusalém, estavam ali. 42Era o dia da preparação, isto é, a véspera do sábado, e já caíra a tarde. 43Então, José de Arimateia, membro respeitável do Conselho, que também esperava o Reino de Deus, cheio de coragem, foi a Pilatos e pediu o corpo de Jesus. 44Pilatos ficou admirado, quando soube que Jesus estava morto. Chamou o oficial do exército e perguntou se Jesus tinha morrido havia muito tempo. 45Informado pelo oficial, Pilatos entregou o corpo a José. 46José comprou um lençol de linho, desceu o corpo da cruz e O envolveu no lençol. Depois colocou-O num túmulo escavado na rocha, e rolou uma pedra à entrada do sepulcro. 47Maria Madalena e Maria, mãe de Joset, observavam onde Jesus foi colocado. Palavra da Salvação. TODOS: GLÓRIA A VÓS, SENHOR!
13. HOMILIA
14. PROFISSÃO DE FÉ – Creio em Deus Pai, todo-poderoso, / Criador do céu e da terra, / e em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor, / que foi concebido pelo poder do Espírito Santo, / nasceu da Virgem Maria,/ padeceu sob Pôncio Pilatos, / foi crucificado, morto e sepultado; / desceu à mansão dos mortos,/ ressuscitou ao terceiro dia, / subiu aos céus, está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso, / donde há de vir a julgar os vivos e os mortos. / Creio no Espírito Santo, / na Santa Igreja Católica, / na comunhão dos Santos, / na remissão dos pecados, / na ressurreição da carne, / na Vida Eterna. / Amém.
15. ORAÇÃO UNIVERSAL – P.: Irmãos e irmãs, com os olhos voltados para Aquele que por nós foi crucificado, oremos pala salvação de todos os homens, dizendo: Santificai, Senhor, o Vosso povo!
TODOS: SANTIFICAI, SENHOR, O VOSSO POVO!
1) Pelo Santo Padre, o Papa Francisco, e por todo o Clero, para que se coloquem cada vez mais a serviço do povo de Deus na celebração piedosa dos santos mistérios, rezemos ao Senhor.

TODOS: SANTIFICAI, SENHOR, O VOSSO POVO!
2) Pelos governantes do nosso país, para que sejam sempre mais atentos aos clamores, necessidades e angústias do nosso povo, rezemos ao Senhor.

TODOS: SANTIFICAI, SENHOR, O VOSSO POVO!
3) Pelos cristãos perseguidos por causa da fé, para que, diante das dificuldades e das perseguições, sejam fortificados com o exemplo de Cristo e perseverem no testemunho do Evangelho, rezemos ao Senhor.

TODOS: SANTIFICAI, SENHOR, O VOSSO POVO!
4) A fim de que a celebração dos mistérios de Cristo, nesta Semana Santa, renove profundamente o nosso amor por Deus e pela Igreja, rezemos ao Senhor.
TODOS: SANTIFICAI, SENHOR, O VOSSO POVO!
5) Pela nossa comunidade, para que possa vivenciar com muito respeito e fé a Semana Santa que estamos iniciando em busca de uma vida nova em Cristo Ressuscitado, rezemos ao Senhor.

TODOS: SANTIFICAI, SENHOR, O VOSSO POVO!
(Preces Espontâneas)
P.: Senhor Jesus Cristo, que por nós aceitastes voluntariamente a morte na cruz, concedei a todos os homens a graça de se unirem à Vossa Paixão na esperança da Vossa Ressurreição. Vós que sois Deus com o Pai, na unidade do Espírito Santo.
TODOS: AMÉM.
LITURGIA EUCARÍSTICA
15. CANTO DE OFERTAS – 1. Sê bendito, Senhor, para sempre pelos frutos das nossas jornadas! Repartidos na mesa do reino, anunciam a paz almejada! / REFR.: SENHOR DA VIDA, TU ÉS A NOSSA SALVAÇÃO! AO PREPARARMOS A TUA MESA, EM TI BUSCAMOS RESSURREIÇÃO!/ 2. Sê bendito, Senhor, para sempre pelos mares, os rios e as fontes! Nos recordam a tua justiça, que nos leva a um novo horizonte!/ 3. Sê bendito, Senhor, para sempre pelas bênçãos qual chova torrente! Tu fecundas o chão desta vida que abriga uma nova semente.
16. CEL.: Orai, irmãos e irmãs…
17. ORAÇÃO SOBRE AS OFERENDAS – P.: Ó Deus, pela paixão de nosso Senhor Jesus Cristo, sejamos reconciliados convosco, de modo que, ajudados pela vossa misericórdia, alcancemos, pelo sacrifício do vosso Filho, o perdão que não merecemos por nossas obras. Por Cristo, nosso Senhor. TODOS: AMÉM.
18. ORAÇÃO EUCARÍSTICA II – Prefácio da Paixão do Senhor (MR pág. 231) – Na verdade, é justo e necessário, é nosso dever e salvação dar-vos graças, sempre e em todo lugar, Senhor, Pai Santo, Deus eterno e todo-poderoso, por Cristo, Senhor nosso. Inocente, Jesus quis sofrer pelos pecadores. Santíssimo, quis ser condenado a morrer pelos criminosos. Sua morte apagou nossos pecados e Sua ressurreição nos trouxe vida nova. Por Ele, os anjos cantam Vossa grandeza e os santos proclamam Vossa glória. Concedei-nos também a nós associar-nos a seus louvores, cantando (dizendo) a uma só voz:
TODOS: SANTO, SANTO, SANTO…
P.: Na verdade, ó Pai, Vós sois Santo e fonte de toda santidade. Santificai, pois, estas oferendas, derramando sobre elas o Vosso Espírito, a fim de que se tornem para nós o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo, Vosso Filho e Senhor nosso.
TODOS: SANTIFICAI NOSSA OFERENDA, Ó SENHOR!
P.: Estando para ser entregue e abraçando livremente a paixão, Ele tomou o pão, deu graças e o partiu, e deu a Seus discípulos, dizendo: TOMAI, TODOS, E COMEI: ISTO É O MEU CORPO, QUE SERÁ ENTREGUE POR VÓS! Do mesmo modo, ao fim da ceia, Ele tomou o cálice em Suas mãos, deu graças novamente e o deu a Seus discípulos, dizendo: TOMAI, TODOS, E BEBEI: ESTE É O CÁLICE DO MEU SANGUE, O SANGUE
DA NOVA E ETERNA ALIANÇA, QUE SERÁ DERRAMADO POR VÓS E POR TODOS, PARA A REMISSÃO DOS PECADOS. FAZEI ISTO EM MEMÓRIA DE MIM! Eis o mistério da fé!
TODOS: ANUNCIAMOS, SENHOR, A VOSSA MORTE E PROCLAMAMOS A VOSSA RESSURREIÇÃO. VINDE, SENHOR JESUS!
P.: Celebrando, pois, a memória da morte e ressurreição do Vosso Filho, nós Vos oferecemos, ó Pai, o pão da vida e o cálice da salvação; e Vos agradecemos porque nos tornastes dignos de estar aqui na Vossa presença e Vos servir.
TODOS: RECEBEI, Ó SENHOR, A NOSSA OFERTA!
P.: E nós Vos suplicamos que, participando do Corpo e Sangue de Cristo, sejamos reunidos pelo Espírito Santo num só corpo.
TODOS: FAZEI DE NÓS UM SÓ CORPO E UM SÓ ESPÍRITO!
P.: Lembrai-vos, ó Pai, da Vossa Igreja que se faz presente pelo mundo inteiro: que ela cresça na caridade, com o Papa Francisco, com nosso bispo Sergio, seus auxiliares e todos os ministros do Vosso povo.
TODOS: LEMBRAI-VOS, Ó PAI, DA VOSSA IGREJA!
P.: Lembrai-vos também dos nossos irmãos e irmãs que morreram na esperança da ressurreição e de todos os que partiram desta vida: acolhei-os junto a Vós, na luz da Vossa face.
TODOS: LEMBRAI-VOS, Ó PAI, DOS VOSSOS FILHOS!
P.: Enfim, nós Vos pedimos, tende piedade de todos nós e dai-nos participar da vida eterna, com a Virgem Maria, Mãe de Deus, São José, seu esposo, com os santos Apóstolos e todos os que neste mundo Vos serviram, a fim de Vos louvarmos e glorificarmos por Jesus Cristo, Vosso Filho.
TODOS: CONCEDEI-NOS O CONVÍVIO DOS ELEITOS!
P.: Por Cristo, com Cristo, em Cristo, a Vós, Deus Pai todo-poderoso, na unidade do Espírito Santo, toda a honra e toda a glória, agora e para sempre!
TODOS: AMÉM.
19. RITO DA COMUNHÃO
20. CANTO DE COMUNHÃO – REFR.: PAI, SE ESTE CÁLICE NÃO PODE PASSAR / SEM QUE O BEBA, SEJA FEITA A TUA VONTADE! / 1. Das profundezas eu clamo a vós, Senhor, / escutai a minha voz! / Vossos ouvidos estejam bem atentos / ao clamor da minha prece! / 2. Se levardes em conta nossas faltas, / quem haverá de subsistir? / Mas em vós se encontra o perdão, / eu vos temo e em vós espero. / 3. No Senhor ponho a minha esperança, / espero em sua palavra. / A minh’alma espera no Senhor / mais que o vigia pela aurora. / 4. Espere Israel pelo Senhor mais que o vigia pela aurora! / Pois no Senhor se encontra toda graça / e copiosa redenção.
21. ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO – P.: OREMOS: (Pausa). Saciados pelo vosso sacramento, nós vos pedimos, ó Deus: como pela morte do vosso Filho nos destes esperar o que cremos, dai-nos, pela sua ressurreição, alcançar o que buscamos. Por Cristo, nosso Senhor. TODOS: AMÉM.
RITOS FINAIS
23. BREVES AVISOS
24. BÊNÇÃO FINAL – MR (p. 522)
P.: O Pai de misericórdia, que vos deu um exemplo de amor na paixão do seu Filho, vos conceda, pela vossa dedicação a Deus e ao próximo, a graça da sua bênção.
TODOS: AMÉM.
P.: O Cristo, cuja morte vos libertou da morte eterna, conceda-vos receber o dom da vida.
TODOS: AMÉM.
P.: Tendo seguido a lição de humildade deixada pelo Cristo, participeis igualmente de sua ressurreição.
TODOS: AMÉM.
P.: Abençoe-vos Deus todo-poderoso, Pai e Filho e Espírito Santo.
TODOS: AMÉM.
P.: Vamos em paz e que o Senhor nos acompanhe.
TODOS: GRAÇAS A DEUS.
CANTO FINAL: HINO DA CAMPANHA DA FRATERNIDADE – 2015
1. Em meio às angústias, vitórias e lidas, no palco do mundo, onde a história se faz (cf. GS 2), sonhei uma Igreja a serviço da vida. Eu fiz do meu povo os atores da paz!/ REFR.: QUERO UMA IGREJA SOLIDÁRIA, SERVIDORA E MISSIONÁRIA, QUE ANUNCIA E SAIBA OUVIR. A LUTAR POR DIGNIDADE, POR JUSTIÇA E IGUALDADE, POIS "EU VIM PARA SERVIR" (MC 10,45). / 2. Os grandes oprimem, exploram o povo, mas entre vocês bem diverso há de ser. Quem quer ser o grande se faça de servo: Deus ama o pequeno e despreza o poder. / 3. Preciso de gente que cure feridas, que saiba escutar, acolher, visitar. Eu quero uma Igreja em constante saída (EG, 20), de portas abertas, sem medo de amar!/ 4. O meu mandamento é antigo e tão novo: Amar e servir como faço a vocês. Sou mestre que escuta e cuida seu povo, um Deus que se inclina e que lava seus pés. / 5. As chagas do ódio e da intolerância se curam com o óleo do amor-compaixão (cf. Lc 10,29ss). Na luz do Evangelho, acende a esperança. Vem! Calça as sandálias, assume a missão!

Preparando a Partilha da Palavra
A celebração deste domingo resume e prepara a grande celebração da morte e ressurreição do Senhor, que se dará no final desta semana. De um lado aclamamos Jesus, rei humilde, servidor do povo, libertador dos oprimidos, glorificado pelo Pai e constituído Senhor do universo. De outro lado, a celebração de hoje nos coloca diante da realidade da cruz. Quem quiser participar da vitória desse rei precisa assumir a sua luta e carregar a sua cruz. Todo crescimento humano e espiritual é graça de Deus, mas requer nossa parte de entrega e de renúncia. Ninguém jamais amou como Jesus. Para Jesus, “amar” significa “descer”. Jesus desceu de Deus para  o homem e, estando entre os homens, desceu até o último, até o mais pequenino deles. É isso que nos apresentam a primeira e a segunda leitura, e que é retomado também no Evangelho deste dia: ter a coragem de seguir o Mestre no caminho que conduz à doação da própria vida. Jesus passa a sua vida pública cercado pelos publicanos, pelos pecadores, pelas prostitutas. E no fim, com quem morre? Com os santos? Não! Também no fim – e era de se esperar – Ele se encontra no meio de quem mais Ele amou: os pecadores. Na cruz, Jesus está no meio de dois infelizes que fizeram tudo errado na vida. Um deles o ultrajava, mas o outro não, e ainda repreendeu o companheiro; e chamando Jesus pelo seu nome, lhe pediu: “Jesus, lembra-te de mim quando tiveres entrado no teu Reino!” Jesus, agonizante, lhe respondeu: “Em verdade te digo, hoje estarás comigo no paraíso!” Ele veio de Deus, cumpriu a sua peregrinação nesta terra e agora volta ao Pai, mas não volta sozinho. Volta acompanhado por alguém que representa todos nós: um pecador, recuperado pelo seu amor. A cruz de Jesus era um instrumento oficial de tortura. Ele se deixou torturar para que, por amor a Ele, defendêssemos os torturados de todos os tipos. Estamos diante de muitas situações que exigem de nós decisão a favor dos valores pelos quais Jesus morreu e viveu. Como costuma ser a nossa escolha? De que lado estamos quando estão em jogo: a justiça e a verdade, a defesa dos direitos humanos? Ignorados ou agredidos? Iniciando hoje a Semana Santa, cada um de nós é convidado a intensificar, na oração e no serviço, o seguimento de Jesus Cristo no mistério de sua morte e ressurreição.

LEITURAS DA SEMANA
Seg.: Is 42,1-7; Sl 26 (27), 1.2.3.13-14(R/1a); Jo 12, 1-11
Ter.: Is 49, 1-6; Sl 70 (71), 1-2.3-4a. 5-6ab. 15 e 17(R/cf.15); Jo 13, 21-33.36-38
Qua.: Is 50, 4-9a; Sl 68 (69), 8-10.21bcd-22.31 e 33-34 (R/14c e b); Mt 26, 14-25
Segunda Semana do Saltério
Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor
CANTOS PARA ESTA CELEBRAÇÃO: Cânticos do Hinário Litúrgico da CNBB – Liturgia XIII – Paulus

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