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Notícias 45a Assembléia da CNBB

Na manhã desta terça-feira, o presidente da CNBB, Cardeal Geraldo Majella Agnelo, arcebispo de São Salvador da Bahia, presidiu a celebração de abertura da 45a. Assembléia Geral dos Bispos do Brasil.

Já no auditório Rainha dos Apóstolos, o presidente deu inícios aos trabalhos da primeira sessão do dia. O secretário-geral e arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Pedro Scherer, conduziu os trabalhos. Foram ouvidas palavras de acolhida do arcebispo de Campinas, Dom Bruno Gamberini, do diretor da Casa de Retiro da Vila Kostka, pe. Romanelli e do núncio Apostólico, Dom Lorenzo Baldisseri.
Ainda na primeira Sessão, os bispos aprovaram uma mensagem a ser enviada aos trabalhadores e trabalhadoras do Brasil pela comemoração do seu dia, neste 1° de maio. Na segunda Sessão, Dom Odilo submeteu a pauta da Assembléia que foi unanimemente aprovada. Em seguida, o presidente apresentou aos bispos um relatório em que faz uma avaliação das atividades da CNBB no último quadriênio.

Dom Geraldo elencou os principais fatos que marcaram a entidade nos últimos quatro anos. Falou das boas relações que a Conferência mantém com a Santa Sé e a Nunciatura Apostólica no Brasil. Considerou, também, suas relações com o Governo e com as várias esferas da sociedade brasileira, por meio tanto da presidência quanto do Centro de Fé e Política Dom Hélder Câmara, criado em 2004, e da Comissão Brasileira Justiça e Paz.

O presidente enumerou, ainda, as várias iniciativas pastorais desenvolvidas pela CNBB e apontou os desafios “à vida e à missão” da Igreja que ainda permanecem e que “precisam de acompanhamento constante”.

Para a parte da tarde, a pauta prevê mais duas sessões para apresentação dos relatórios das dez Comissões Episcopais Pastorais e a celebração da missa.

Segue, na íntegra, a homilia do Cardeal Geraldo Majella Agnelo, na celebração de abertura da 45ª Assembléia Geral dos Bispos do Brasil.
Apocalipse 7, 9 – 14b – 17

O Cordeiro será o nosso pastor e nos conduzirá às fontes da vida”.

João nos apresenta uma imensa multidão de irmãos que aclamava Deus. Os eleitos se vestem de branco da alegria, e, as palmeiras, símbolos da vitória, a dos mártires das primeiras perseguições. São imagens que evocam a sociedade depois da indigência, o repouso depois de longa marcha, a segurança do amor depois das tristezas e das penas.

É a paz de que gozará o homem quando tiver reencontrado aquele que nos fará viver, aquele que é nossa vida.

São imagens sempre eloqüentes para exprimir o êxtase de cada pessoa humana e de toda a humanidade quando contemplará enfim o rosto do Outro, o Tu, aquele que pode cumular porque é o Pai e porque é o “todo outro”, aquele que permite um diálogo sem fim porque é o amor inexorável. Então, o tempo, fonte de inquietudes ou de esperança, se esgotará: a alegria não conhecerá outra coisa senão o presente.

Aqui viemos, irmãos e irmãs, não apenas para um encontro rotineiro de revisão de nossos roteiros de pastoral, mas para cumprirmos um compromisso de irmãos que se ajudam para seguir o mestre e pastor de nossas almas.

Vimos para procurar as fontes da vida abertas pelo cordeiro de Deus, o nosso Pastor Jesus Cristo, que deu sua vida por nós, nos lavou com o seu sangue e água do nosso batismo e de cada conversão que ele nos oferece cada dia para que o reencontremos.

Há pouco o Papa Bento XVI nos recordava um grande bispo que nos ajuda a renovar-nos para nos aproximar sempre mais do Cristo Bom Pastor, Santo Agostinho.

Diz o Papa que ele jamais se contentou da vida assim como ela se apresentava e como todos a viviam. Estava sempre atormentado da questão da verdade. Queria encontrar a verdade, queria conseguir saber que coisa é o homem; de onde vem o mundo; de onde viemos nós mesmos, onde vamos e como podemos encontrar a vida verdadeira. Queria encontrar a reta vida e não simplesmente viver cegamente sem sentido e sem meta. A paixão pela verdade é a verdadeira palavra chave da sua vida, e há ainda uma peculiaridade: tudo o que não levava o nome de Cristo, não lhe bastava!

Somente na fé da Igreja encontrou a verdade essencial: o verbo se fez carne, e assim isso nos toca, nós o tocamos. À humildade da encarnação de Deus deve corresponder a humildade de nossa fé, que depõe a soberba e se inclina entrando a fazer parte da comunidade do corpo de Cristo, que vive com a Igreja e somente assim encontra na comunhão concreta, corpórea, com o Deus vivente. Não perder jamais o olhar para Deus eterno e para Jesus Cristo. Aprender sempre de novo a humildade da fé na Igreja corpórea de Jesus Cristo.

Santo Agostinho nos oferece um caminho de conversão constante, de procura de fidelidade a Cristo, na sua Igreja.

Cardeal Geraldo Majella Agnelo
Presidente da CNBB


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