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5ª.-FEIRA SANTA, MISSA DO CRISMA

 

HOMILIA – 09/abril/2009

5ª.-FEIRA SANTA, MISSA DO CRISMA

Dom Milton Santos – Arcebispo de Cuiabá        

(Querido Povo de Deus; Institutos de Vida Consagrada Femininos e Masculinos; Lideranças; Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão e da Palavra – Catequistas; Seminaristas; Diáconos; queridos Sacerdotes: P. Luilson, P. Overland e P. Wagner Stephan… em Roma; Arcebispo Emérito Dom Bonifácio Piccinini: LOUVADO SEJA NOSSO SENHOR JESUS CRISTO! Nesta homilia estarei colocando algumas inserções da CONGREGAÇÃO PARA O CLERO da carta que Dom Claudio Hummes acabou de enviar por internet no dia 07/abril/09 – antes-de-ontem – para Cardeais, Arcebispos e Bispos…)                                    

            Hoje – Quinta-feira Santa de 2009 – a celebração da Eucaristia é uma VISIBILIDADE do PÓS-SÍNODO ARQUIDIOCESANO DE CUIABÁ que se tornou mais uma celebração do JUBILEU DOS CEM ANOS DE ARQUI-DIOCESE; estamos vivendo o PRIMEIRO CONGRESSO EUCARÍSTICO ARQUIDIOCESANO DE CUIABÁ. Hoje, o foco das nossas atenções e orações é o SACERDOTE ministerial, e, conseqüentemente, o foco está voltado também para estes homens e mulheres que  fazem as vezes do SACERDOTE e exercem o próprio sacerdócio comum nos Ministérios Extraordinários da Sagrada Comunhão e da Palavra de Deus – Catequistas! O Padre é “um homem do Espírito Santo!” Ele INVOCA O ESPÍRITO SANTO para que, comungando o corpo entregue e o sangue derramado do Senhor, também ele SE TRANSFORME NO CORPO DE CRISTO: “ E nós vos suplicamos que, participando do Corpo e Sangue de Cristo, sejamos re-unidos pelo Espírito Santo num só corpo.” Antes, o Padre – em comunhão com o Sacerdócio pleno do Bispo – invoca o ESPÍRITO SANTO para que o Pão e o Vinho se transubstanciem no Corpo e Sangue de Cristo: “…mandai vosso ESPÍRITO SANTO, a fim de que as nossas ofertas se mudem no Corpo e no Sangue de nosso Senhor Jesus Cristo.” A primeira Leitura desta Missa – Isaías – afirma isso: “O Espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor me UNGIU. Tudo se inicia em nós com a unção fundamental do Batismo, completada na Crisma e plenificada no Sacramento da Ordem. Padrepessoa do Espírito Santo para ser DISCÍPULO MISSIONÁRIO: leva a boa nova aos pobres: com o seu jeito de ser!; cura os de coração aflito; anuncia aos cativos de inúmeras prisões, anuncia a libertação; leva aos prisioneiros a liberdade; consola os tristes… E, o PADRE é, na palavra de João Evangelista na Leitura de hoje  do Apocalipse: o PADRE é “…da parte de Jesus Cristo, A TESTEMUNHA FIEL”; vivencia, então,  TESTEMUNHA com fidelidade! O PADRE faz dos fiéis “… um reino de sacerdotes para seu Deus e Pai!” O PADRE assume plenamente o PÓS-SÍNODO que agora é PRIMEIRO CONGRESSO EUCARÍSTICO nas Comunidades e nas Paróquias: “Deus em nós, e, nós em Deus – com Maria, a Comunhão para nunca mais acabar!”  O Evangelho de hoje reprisando o Profeta Isaías que já comentamos conclui focalizando Jesus, e,  neste momento focalizo o PADRE: “… OS OLHOS DE TODOS, NA COMUNIDADE, ESTÃO FIXOS NELE: – O PADRE!”

HOJE – cada um de nós – sacerdote no sacerdócio ministerial – renovará a sua profissão-de-amor como o salmo responsorial, há pouco, colocou em nossos lábios: “Vou cantar para sempre a bondade do Senhor; anunciarei com minha boca sua fidelidade de geração em geração!” Escreve Dom Claudio Hummes: “Neste sentido se orienta também o título, muito bem escolhido pelo Papa Bento XVI para o Ano Sacerdotal a se iniciar aos 19 de junho/2009 – Solenidade do Sagrado Coração de Jesus: “Fidelidade de Cristo, fidelidade do Sacerdote”, indicando a primazia absoluta da graça, “Nós amamos porque Deus nos amou primeiro” (1 João 4,19) e, ao mesmo tempo, a indispensável e sincera adesão da liberdade amante, sempre lembrando que o nome do amor, no tempo, é: “fidelidade”! Nessa ocasião, na abertura do Ano Sacerdotal será trazida de Ars (França) para Roma, a relíquia do coração de São João Maria Vianney, coração que palpitou ao uníssono com o Divino Coração do Bom Pastor.” (Carta de D. Claudio Hummes, 3/4/09) (“Meu Deus, se minha língua não pode dizer a cada instante que eu vos amo, quero que meu coração vo-lo repita tantas vezes quantas eu respiro!” (Oração de Cura d´Ars – Novo Catecismo, 2658)

O nosso sacerdócio não é nosso! É de Deus, e, Deus o coloca à disposição dos fiéis, à disposição do povo… Ainda, precisamos acreditar sempre mais e melhor no “sacramento da unidade” que é o estarmos “juntosfisicamente “juntos”, de maneira especial, na celebração de algumas Eucaristias; em retiro espiritual, em reuniões do clero…” e, afirma D. Claudio Hummes: na redescoberta feliz da própria identidade, da fraternidade do próprio presbitério e da relação sacramental com o próprio Bispo.” A Eucaristia é a expressão máxima de união, mais, de co-munhão!  Na Oração Eucarística-II (na missa), o sacerdote faz um pedido muito importante: ele suplica que o Espírito Santo nos transforme num só corpo BEM UNIDO. Em outras palavras, o sacerdote INVOCA O ESPÍRITO SANTO sobre toda a assembléia re-unida, para que, comungando o corpo entregue e o sangue derramado do Senhor, também ela SE TRANSFORME NO CORPO DE CRISTO: “ E nós vos suplicamos que, participando do Corpo e Sangue de Cristo, sejamos re-unidos pelo Espírito Santo num só corpo.” Diz o Papa Bento XVI na Encíclica Deus Caritas Est: “A comunhão tira-me para fora de mim mesmo projetando-me para ele e, desse modo, também para a união com todos os cristãos” (DCE 14). Com este “sinal de comunhão do estarmos juntos” em momentos como o de hoje “tornamo-nos “um só corpo”, fundidos todos numa única existência!”; “… a agape de Deus vem corporalmente a nós, para continuar a sua ação em nós e através de nós.(Bento XVI, DCE 14) Na Exortação Apostólica Sacramentum Caritatis, (n.76) Bento XVI sublinha: “Onde se destrói a comunhão com Deus, que é comunhão com o Pai, com Filho e com o Espírito Santo, destrói-se também a raiz e a fonte da comunhão entre nós. E onde a comunhão entre nós não for vivida, também a comunhão com o Deus-Trindade não é viva nem verdadeira”.

            A Exortação Apostólica pós-sinodal Sacramentum Caritatis de Bento XVI (22/fevereiro/2007 – Cátedra de São Pedro) afirma meridianamente: “É em virtude da ação do Espírito  que o próprio Cristo continua presente e ativo na sua Igreja, a partir do seu centro vital que é a Eucaristia.” (Bento XVI, Exortação Apostólica Sacr. Caritatis 12) A Exortação pós-sinodal continua mostrando a função decisiva do Espírito Santo na celebração eucarística; “… a epiclese é invocação ao Pai para que faça descer o dom do Espírito a fim de o pão e o vinho se tornarem o corpo e o sangue de Jesus Cristo, e para que “a comunidade inteira se torne cada vez mais corpo de Cristo”.

            Onde e quando houver Comunidade em comunhão o Espírito Santo se faz presença viva e atuante!

            Qual o “teste” para a gente saber se está em comunhão com Deus e com o outro? Eis o “teste”: Se eu “percebo e sinto cada pessoa como ´um que faz parte de mim…´ (J. Paulo II)”: isto, assim, é comunhão no Espírito Santo!

            Concluo desejando que continuemos no único caminho – a COMUNHÃO PARA NUNCA MAIS ACABAR, EM CIRANDA-DA-COMUNHÃO – para que cada um de nós faça  da Família, Comunidade, Paróquia e da Arquidiocese de Cuiabá a “CASA E A ESCOLA DA COMUNHÃO”, reflexo da Comunhão que é a Família-Trinitária. AMÉM! ASSIM SEJA! ——————————————————————————————-

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