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Bote Fé na Diocese de Juína

A cidade estava em silêncio, ainda era escuro, mas uma equipe de prontidão já se preparava, montando a Cruz Peregrina e o ícone de Nossa Senhora, para serem acolhidos pela comunidade juinense no Cruzeiro, entrada da cidade.
Às 6h00 da manhã do dia 23 de julho foi emocionante. Cantos, oração e meditação marcaram esse momento. O bispo diocesano, Dom Neri José Tondello, abriu o Bote Fé Juína, ainda no Cruzeiro, com a celebração de recepção dos símbolos. Na ocasião ele enfocou a importância dos símbolos estarem na diocese e completou: “Este é um momento de graça. A Cruz Peregrina, presente do Papa João Paulo II, vem cheia de benção, juntamente com o ícone de Nossa Senhora. É um momento ímpar para a nossa diocese”.
Após a recepção da Cruz, seguiu-se em carreata pelas comunidades da cidade. A comunidade Nossa Senhora da Paz fez bonito. Ao som de muita música e alegria fez com que todos cantassem e caíssem as primeiras lágrimas dos peregrinos.

Todas as comunidades prepararam uma surpresa. Mas vale apena destacar a comunidade São Francisco pela recepção que as crianças do Oratório fizeram. Eram os anjinhos, sendo instrumento de Deus, ajudando os adultos a cantarem e rezarem.
Outro momento marcante foi na Comunidade santo André/Mosteiro. A Cruz Peregrina desceu pela primeira vez. Visitou o mosteiro das irmãs capuchinhas, que preparam uma bela recepção da Cruz. Podia-se ver a alegrias das monjas. Elas não esconderam a gratidão a Deus ao estarem perto dos símbolos da JMJ.
Ainda pela manhã a Cruz dos jovens e o ícone de Maria percorreram o centro da cidade. As pessoas saíam para a rua, a fim de verem os símbolos passarem. Acenos e aplausos eram os sinais de que o povo juinense aguardava este momento.
Não pensem que depois de tudo isso a juventude estava cansada. Era só o começo de um dia com muitas graças, como disse Dom Neri. Os jovens não se cansavam de cantar, tocar e fazer muito barulho, manifestando a alegria em estarem tão próximos da Cruz e de Maria. Com o refrão: “Ela vem de dentro, de dentro ela vem, toda energia que o jovem tem”! Fazia com que os jovens mostrassem sua força e seu dinamismo.
A segunda descida da Cruz foi na paróquia Santo Agostinho. Com a comunidade presente e com os jovens aos pés da Cruz o padre Oberdan conduziu a reflexão sobre a teologia da Cruz. Ao deixar a paróquia, a carreata seguiu para os lugares onde a vida se encontra em risco: Albergue, Lar dos idosos, Cadeia pública e hospitais.
Chegamos ao Colégio São Gonçalo, onde aconteceu a Missa da Luz. A quadra de esportes ficou lotada de gente. Todos ansiosos para tocar e ver de perto a Cruz e o quadro de Maria. Ao som do hino do Bote Fé, a Cruz passou pelas mãos dos jovens que estavam perfilados do início da quadra até o altar. Frases como: “que coisa linda!”, “Que emoção!” ouvia-se a cada minuto.
Na homilia o bispo fez questão de estar perto dos jovens e dos símbolos que nos acompanharam o dia inteiro. Na ocasião dom Neri falou das cruzes que os jovens carregam no seu dia a dia, além de destacar a morte de tantos jovens por este país.
Aproximam-se os últimos momentos do dia 23. A juventude e todos que participaram da Missa se organizam para mais uma celebração: a Via Luz, motivada pelo padre Oberdan e pelos seminaristas Tailon e Gustavo. Enquanto se rezava e meditava, os jovens carregavam a Cruz nas mãos e davam sentido aquele momento. Não como momento de sofrimento, mas momento único, inexplicável. Momento de alegria, porque estavam certos de que a Cruz não é o símbolo de tristeza, mas de alegria, porque ela se esvaziou, com a ressurreição de Cristo!. Um dos jovens que carregava o ícone de Maria demonstrava muito cansaço. Perguntei: você quer que outra pessoa te ajude? Ele respondeu: “o cansaço que estou sentindo não se compara a dor e sofrimento que Maria, nossa mãe querida, passou ao ver seu Filho na Cruz”. E ainda: “deixe-me levar”!.
Ao ouvir isso e por tudo que vivenciamos durante este dia, compreendi ainda mais, quando um jovem de Juara, diocese de Sinop, disse ao entregar os símbolos para a diocese de Juína: “Vivam intensamente este momento, pois só quem já esteve perto desta Cruz e de Maria compreende a transformação interior que acontece”.
Por onde ela passa o jovem não é o mesmo. Ela transforma, nos remete a reflexão, faz com que vejamos a nova vida que brota depois da dor. A Cruz é o nosso sinal de libertação, de vida nova, de compromisso. Depois do Bote Fé Juína cresce a responsabilidade e fervor juvenil.

 

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