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Domingo dia 20 de setembro de 2009

20/09/2009       O Maior

 

As pessoas com freqüência querem ser grandes.

E, movidas pela "sabedoria do mundo",

lutam com todas as forças para conseguir

prestígio, poder, os primeiros lugares…

E aí está a origem de muitos conflitos…

No entanto, a "Sabedoria de Deus" afirma que são grandes,

os que se tornam pequenos, servidores, CRIANÇAS

 

A 1a Leitura aponta conflitos na comunidade de Alexandria. (Sb 2,12.17-20)

 

No século 1º aC, os judeus praticantes de Alexandria são

hostilizados pelos pagãos e desprezados pelos judeus não praticantes.

O autor sagrado reflete sobre o destino dos "justos" e dos "ímpios".

 

Na 2a leitura, Tiago exorta os crentes a viverem segundo a "Sabedoria de Deus" e denuncia a desunião na sua comunidade, apontando a raiz de tudo isso:  

"Onde há inveja e rivalidade, aí estão as desordens e

toda a espécie de obras más…"  (Tg 3,16-4,3)

Uma oração realizada nesse clima não pode ser escutada por Deus…

 

O Evangelho apresenta um conflito entre os apóstolos: (Mc 9,30-37)

 

– Ao longo da "Caminhada para Jerusalém",

  Jesus vai catequizando os discípulos, ensinando-lhes

  que o projeto do Pai não passa por esquemas de poder e de domínio:

  Jesus faz o 2 º Anúncio da Paixão.

– Os Apóstolos não concordam e fecham-se num estranho silêncio:

  "Tinham medo de interrogá-lo…"

  Logo a seguir, surge uma animada discussão, um forte conflito,

  que revela a ambição de poder nos discípulos de Jesus…

– Chegando a Cafarnaum, Jesus questiona o assunto da conversa:

   "O que vocês estavam discutindo no caminho?"

– E eles: "Ficaram calados, porque no caminho

    tinham discutido quem seria o maior".

 

Jesus aponta o CAMINHO para ser o maior… :

 

1) Em primeiro lugar, o espírito de SERVIÇO

   "Se alguém quiser ser o primeiro, seja o último e o servo de todos".

 

* A Comunidade cristã não o lugar apropriado para alcançar

um posto de honra ou um lugar de prestígio e poder.

É o lugar onde cada um deve celebrar a própria grandeza, servindo os irmãos.

Só é grande quem é capaz de servir e de oferecer a vida aos seus irmãos.

– O que isso significa em nossa comunidade?

 

2) Em seguida, o Modelo da CRIANÇA:

       "Pegou uma criança, colocou-a no meio deles, e abraçando-a, disse:

    Quem acolher em meu nome uma dessas crianças,

    é a mim que estará colhendo…"

 

   * Ser maior é ACOLHER OS PEQUENOS.

Criança é sinônimo de pessoa necessitada e dependente…

Jesus a coloca como centro da atenção dos apóstolos.

Jesus quer, com esse gesto, mostrar o que é ser seu discípulo;

o que significa ser o maior dentro da comunidade:

Maior é aquele que acolhe os carentes, os marginalizados,

oprimidos, injustiçados e por eles se interessa.

 – Quais são as crianças (ou "como crianças") que devemos abraçar?

 

+  Os conflitos continuam…

    E Cristo nos questiona: "Por que estais discutindo?"

 

Na Sociedade competitiva, em que vivemos,

desde pequenos nos passam a idéia de que, se não tivermos beleza,

inteligência, riqueza, simpatia, nunca conseguiremos sucesso na vida.

– O que admiramos numa criança, o poder, a riqueza, a sabedoria humana,

  ou a simplicidade, a transparência?

 

Na família?

– Há divisões, conflitos… ciúmes… separações… Por que?

  Quando um ganha, os dois perdem!… Não há vencedores…

 

Na Comunidade?

– Também há discussões, críticas, ambições, rivalidades?

– Por que? Onde está a raiz de tudo?

– Desejo consciente ou inconsciente de ser o MAIOR?

– Busca de cargos, títulos, honrarias ou elogios?

 

+ Na comunidade cristã, quem são os primeiros?

 

As palavras de Jesus são claras:

"Quem quiser ser o primeiro, seja o último e o servo de todos".

Na comunidade cristã, a única grandeza é a grandeza de quem,

com humildade e simplicidade, faz da própria vida um serviço aos irmãos.

Na comunidade cristã não há donos, nem grupos privilegiados,

nem pessoas mais importantes do que as outras,

nem distinções baseadas no dinheiro, na beleza, na cultura, na posição social… Na comunidade cristã há irmãos iguais,

a quem a comunidade confia serviços diversos em vista do bem de todos.

Aquilo que nos deve mover é a vontade de servir e

de partilhar com os irmãos os dons que Deus nos concedeu.

* Qual é o tipo de grandeza que estamos procurando?

* Aos olhos de Deus, ou apenas aos olhos dos homens?

 

                                             Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa – 20.09.2009

 

 

 

 

 

 

 

 

Dia 20/09/2009

N° 850
Homilia  Homilia do 25º Domingo do Tempo Comum
Pe. Luiz Carlos de Oliveira

"O Evangelho do serviço"

A justiça de Jesus


Jesus ensinava os apóstolos com palavras simples, fazendo ver que, além das palavras, sua Pessoa era o ensinamento. Dissera: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida" (Jo 14,6). Caminhando pela Galiléia, Jesus fez o segundo anúncio de sua Paixão: "O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens, e eles o matarão. Mas três dias após sua morte, ele ressuscitará" (Mc 9,31). Eles "não compreendiam estas palavras e tinham medo de perguntar" (Mc 9,32). em casa, perguntou o que discutiam pelo caminho. Eles se calaram, pois discutiam quem era o maior. Fez então, o ensinamento sobre quem é o maior: é aquele que se faz o menor e serve a todos. Jesus é o maior, pois sua vida, paixão, morte e ressurreição são um serviço. Ele se entregou até o extremo do amor (Jo 13,1). Na ceia Jesus exemplifica sua missão e obra de redenção lavando os pés dos apóstolos que é serviço do escravo (Jo 14,1-20). A justiça de Jesus é a coerência com o amor que serve e acolhe os simples. Incomoda-nos a necessidade da Paixão e a morte de Jesus. É um escândalo: ‘Por que passar por tudo isso? Precisava sofrer desse tanto?’ Deus entrega seu Filho à humanidade. O Filho continua esta entrega. A entrega é também acolhimento. É por isso que chama os discípulos a acolherem os pequenos. Deste modo acolhem a Ele e, por Ele, o Pai. Ele é a criança, isto é, aberto ao Pai e aos irmãos. Acolher os pequenos e servir é o que faz o discípulo grande. O discípulo participa do serviço do Mestre. O anúncio que podemos fazer à humanidade é o serviço dando vida e dando a vida, com os preços deste gesto. Esta é a justiça de Jesus. Por ela somos justificados, isto é, santificados.

Armemos ciladas ao justo


O comportamento do justo é uma acusação contra os que praticam a injustiça (Sb 2.12). Vivemos tempos em que a verdade é tida como erro e o erro como verdade. Numa sociedade de injustos, a presença de quem pratica a justiça e é coerente com a verdade, é um incômodo. São criticados e falsamente acusados. Chegam ao crime da tortura e à morte: "Vamos pô-lo à prova com ofensas e torturas, para ver a sua serenidade e provar a sua paciência. Vamos condená-lo à morte vergonhosa , porque, de acordo com suas palavras, virá alguém em seu socorro" (Sb 2,19-20). Foi o que ocorreu com Jesus. A Igreja continua o que sofreu o Mestre. Ela é sempre a primeira vítima. Meios de comunicação, sem saber a verdade, acusam e não desmentem. O mal tem seus seguidores. Encontramos isso em nossas casas e Igrejas. Jesus também foi incompreendido e traído pelos seus.

 

 

 

 

 

Onde nascem as paixões?

S. Tiago, sempre muito prático, mostra onde está a fonte da maldade: "De onde vem as guerras? De onde vêm as brigas entre vós? Não vem das paixões que estão em conflito dentro de vós?" (Tg 4,1). Essas maldades tiram de nós o efeito da oração: "Pedis, mas não recebeis porque pedis mal. Pois quereis esbanjar o pedido nos vossos prazeres" (v.3). O injusto tem um problema dentro de si. O mal está dentro de nós e tem que ser tratado para que haja a coerência espiritual e humana, psicologicamente e espiritualmente sadios. Deste modo podemos encarnar a entrega e o acolhimento. Participar da Eucaristia é o momento de aprender a justiça pela capacidade de comunhão que temos.

Leituras: Sabedoria 2,12.17-20;Salmo 53; Tiago 3,16-4,3;Marcos 9,30-37

Ficha nº 850 – Homilia do 25º Domingo do Tempo Comum (20.09.09)


1. Jesus ensinava. Sua Pessoa era o ensinamento. Ele é a Verdade. Os discípulos não entendem o anúncio da Paixão e discutem quem deles é o maior. Jesus explica que o maior é aquele que serve e acolhe. Ele é o maior, pois se entregou e nos serviu por sua vida, paixão, morte e ressurreição. Sua justiça é o amor que acolhe. Ele sofre tanto porque se entregou. O anúncio que fazemos à humanidade deve ser da vida e a vida. Essa é a justiça de Jesus.

2. O comportamento do justo é uma acusação contra os que praticam a injustiça. A presença do justo é um incômodo. O justo é criticado, perseguido e falsamente acusado, chegando até à morte, como diz o livro da Sabedoria (1,19-20). A Igreja continua a sofrer como o Mestre. Podemos encontrar estas atitudes até dentro da Igreja.

3. S. Tiago explica que os males que possuímos vem de nosso interior onde as paixões estão em conflito. Nossas maldades tiram a força da oração, pois pedimos para esbanjar com nossos prazeres. O injusto tem um problema dentro de si. Esse mal deve ser tratado com a coerência espiritual e humana. Deste modo podemos realizar a entrega e o acolhimento. Na Eucaristia aprendemos a justiça praticando a comunhão.

Arapuca para o justo

Difícil é entender porque o justo é perseguido. Basta fazer o bem que começa a perseguição.

Por que o justo sofre? O motivo é simples: sua presença é uma chamada de atenção dos malandros. É por isso que existe tanta gente contra a Igreja e seus ministros.

Quando alguém tem a em Jesus, isto é, é justo? Vejamos bem o exemplo dos discípulos que discutiram quem dentre eles era o mais importante. O justo é aquele que procura servir a todos e não ser o dono, o maior. O serviço básico é o acolhimento . Quem serve ou acolhe, serve e acolhe Jesus.

Tiago explica que as confusões que existem, surgem de nosso interior cheio de paixões. Afirma que nossas orações não são boas porque rezamos mal. Rezamos para ter e depois, esbanjar. pedimos coisas terrenas, para nosso proveito.
Se você é uma pessoa de bem, tenha certeza que vai ter quem critica ou prejudica. Quanto mais seguimos Jesus, mais levamos o que ele levou. É uma arapuca.

 

 

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